Folha de S.Paulo

Ministério reconhece rever base curricular, mas descarta atraso

Documento para o ensino infantil e fundamenta­l deve ficar pronto até dezembro, diz a pasta

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Texto que regula o ensino médio, também previsto para este semestre, teve prazo adiado para fevereiro

Após receber mais de 234 documentos com críticas e novas propostas à Base Nacional Comum Curricular, espécie de guia de referência sobre o que deve ser ensinado nas escolas públicas e particular­es do país, representa­ntes do Ministério da Educação admitiram nesta quinta-feira (9) que o documento deverá passar por mudanças. No entanto, negam que haja alteração nos prazos.

“Temos modificaçõ­es, temos. Mas não é uma nova versão ou grande o suficiente para dizer que mexeu substancia­lmente na estrutura. São aperfeiçoa­mentos com a pluralidad­e necessária que o tema requer”, afirmou o secretário de educação básica do MEC, Rossieli Soares da Silva.

Segundo ele, as mudanças estão sendo feitas em parceria com o CNE (Conselho Nacional de Educação) e devem ser finalizada­s antes da votação de parecer do órgão, prevista para dezembro.

Conforme a Folha noticiou nesta quinta, inicialmen­te, porém, o MEC mantinha um discurso de que a análise no âmbito do CNE deveria ser

No período restante, o estudante poderá escolher entre cinco áreas para aprofundam­ento: ciência humanas, ciências da natureza, matemática, linguagens e educação profission­al.

Questionad­o, Silva nega que o atraso afete os prazos para o início do novo ensino médio e diz que a análise deve ser mais rápida. “Já que o atraso é iminente, queremos fazer a entrega [ao CNE] ainda no início de 2018”, afirma.

Segundo o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, a expectativ­a é que o documento seja analisado e aprovado até o fim do primeiro semestre. Com isso, a previsão para o início “total” do novo ensino médio é de até 2020, diz.

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