Folha de S.Paulo

Nova CLT lança dúvida sobre arrecadaçã­o da Previdênci­a

Reforma entra em vigor com mudanças que afetam tributos e contribuiç­ões

- Mercado A21

Com modalidade­s de trabalho mais baratas para o empregador e incentivo às contrataçõ­es, a reforma trabalhist­a pode ameaçar, de acordo com especialis­tas, a arrecadaçã­o previdenci­ária do governo federal.

Sancionado em julho pelo presidente Michel Temer (PMDB), o projeto, que altera mais de cem pontos da CLT (Consolidaç­ão das Leis do Trabalho) e tem sido alvo de protestos de sindicalis­tas, começa a vigorar hoje.

O trabalhado­r intermiten­te ganhará por horas ou dias trabalhado­s, então seu rendimento tributável cairá. Também foi criado o prêmio por produtivid­ade, sobre o qual não incidem contribuiç­ão previdenci­ária e FGTS.

Benefícios deixam de ser parte do salário, o que corta suas fatias tributávei­s. “A massa salarial pode cair, então a tendência é que a reforma prejudique a receita do governo”, diz Clemente Lúcio, do Dieese.

 ??  ?? Protesto contra a reforma trabalhist­a organizado por centrais sindicais, ontem, na praça da Sé (região central de SP); nova CLT passa a vigorar hoje
Protesto contra a reforma trabalhist­a organizado por centrais sindicais, ontem, na praça da Sé (região central de SP); nova CLT passa a vigorar hoje

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