Hotelnews Magazine

Que venham os noivos

- POR PAULO MÉLEGA

A hotelaria convive com ciclos de mercado marcados por oscilações consideráv­eis no nível de oferta e/ou demanda, a médio ou a longo prazos, ‘ “ue –”az ”eflex‘s ’a”a ‘ desem’enh‘ me”cad‘lógic‘ e financei”‘ d‘s h‘–éis de um determinad­o segmento. Em certo momento, essas oscilações são negativas e posteriorm­ente tornam-se positivas, em modo continuo. Vejamos um exemplo desse comportame­nto: a hotelaria de uma grande cidade apresenta níveis de ocupação e diária média crescentes, atingindo 70% e um desem’enh‘ financei”‘ cada vez melhor dos hotéis. Neste contexto o mercado torna-se atrativo, e em’”eended‘”es ficam in–e”essad‘s em disputá-lo. Começa a busca por terrenos, por operadoras hoteleiras, por oportunida­des. Hotéis começam a ser construído­s, sendo abertos depois de cinco anos, por exemplo, da oportunida­de detectada. Vários empreendim­entos começam a ser inaugurado­s ao mesmo tempo, sendo que a demanda cresceu no mesmo período de forma linear, acompanhan­do a trajetória da economia local. Parece familiar? O Brasil conviveu com esse cenário entre os anos 2006 e 2011, quando a taxa de ocupação dos hotéis urbanos atingiu o ápice de 69,5%, sendo que a diária média continuou crescendo até 2014, quando chegou ao pico de R$ 267 (Dados da JLL). A entrada dos novos hotéis cria um desequilíb­rio entre oferta e procura, e suas taxas de ocupação começam a cair. Existem mais concorrent­es para a mesma demanda (no caso do Brasil foi ainda pior, pois ela diminuiu em função da crise econômica). Neste exemplo, em mais alguns anos a taxa de ocupação da cidade atinge patamares abaixo de 50%, acompanhad­a de

guerra de tarifas. O desempenho mercad‘ lógic‘ e financei”‘ d‘s em’”een-

dimen–‘stido. Neste preendedor­eshotéis. convivendo­É momentoPar­ecea guerra h‘–elei”‘scom familiar? dispostosn­ão essa pela existemfas­efica sobrevivên­cia.O do a c‘m’”‘me-Brasil construirm­ais ciclo, está em- que inicioua atingiudia taxa de de R$ em 55% ocupação24­4, 2012,de as ocupaçãose­ndomaisdos hotéis baixasquee diáriaem urbanosem 2016mé- 12 anosdo bilidade Brasil, (Dadosde eles aproximada­menteda tiveramJLL). No queda caso de concreto30% renta-a 40% pulsionada­A nesse procura período.pelo continua fortalecim­entoa crescer, econô-immicode dificuldad­e,da região. a Depois si–uaçã‘de umde ‘fe”–a período e demandatax­as de ocupaçãoco­meça a sobemse estabiliza­r novamente.e as Em recuperar alguns tambémanos os hotéisas diárias começam prati- a cadas. e financei”‘sOs resultados v‘l–am mercadológ­icosa melh‘”a”. O mercado atinge novamente patamares acima de 65% de ocupação e torna-se atraente a competidor­es, que passam a planejar novos hotéis. E assim o ciclo começa novamente. Atualmente a dificuldad­e é es–ima” “uand‘ –e”em‘s o aumento da demanda descrita, vinculada ao cenário econômico ainda instável. Mas é certo que, em mais algum tempo, sairemos dessa situação de baixas ocupações, diárias médias e rentabilid­ade, e voltaremos a movimentar o ciclo de mercado para cima. Sendo assim, na hotelaria os ciclos de mercados são ocasionado­s

principalm­ente por um aumento rápid‘ e significa–iv‘ da ‘fe”–a, a–”avés da construção de hotéis concentrad­a em

um curto período, e um cresciment­o da demanda mais estável e/ou linear. P‘dem‘s afi”ma”, de f‘”ma ”esumida, que o ciclo na hotelaria ocorre porque o cresciment­o da oferta é cíclico e o da demanda é linear.

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 ??  ?? Paulo Mélega, graduado e pós-graduado em administra­ção de empresas pela FGV-SP, com especializ­ação em investimen­tos hoteleiros na Cornell, é diretor da Atrio Hotéis, maior franqueada da Accor no Brasil. Contato: paulo.melega@atriohotei­s.com.br
Paulo Mélega, graduado e pós-graduado em administra­ção de empresas pela FGV-SP, com especializ­ação em investimen­tos hoteleiros na Cornell, é diretor da Atrio Hotéis, maior franqueada da Accor no Brasil. Contato: paulo.melega@atriohotei­s.com.br

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