Meiahora - RJ

‘Tentei socorrer, mas os policiais não deixaram’

Viúva de vigia morto no Leme denuncia truculênci­a de PMs após marido ser baleado

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Parentes e amigos de Rodrigo Alexandre da Silva Serrano,de26anos,acusaram PMs de impedir que prestassem socorro. Morador do Morro Chapéu Mangueira, no Leme, Zona Sul do Rio, o rapaz foi atingido por três tiros, na noite de segunda-feira, na comunidade, e morreu horas depois, no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Ele trabalhava como vigia, de carteira assinada, em um restaurant­e próximo à comunidade.

“Tentei socorrer, mas os policiais não deixaram, falaram que quem ia socorrer era a polícia. Jogaram ele dentro da viatura e levaram embora. Eles foram truculento­s o tempo todo”, relatou Fábio da Conceição Ventura, de 29 anos, amigo de Rodrigo.

“Depois que o meu marido foi baleado, eu ainda tentei pedir ajuda aos policiais e me trataram muito mal. Eu só queria socorrer meu marido. Quero uma explicação da PM”, afirmou Thaísa de Freitas, de 25 anos, viúva do vigia.

Na comunidade, a informação é de que os policiais confundira­moguarda-chuvadeRod­rigocomumf­uzileatira­ram.“Qual é a necessidad­e de dar três tiros, achando que um guarda-chuva é um fuzil? Os meus filhos viram opaimorto.Omaisvelho­chegou em casa e começou a contar pros familiares o que tinha acontecido”, disse a viúva.

“Esses PMs são desprepara­dos, eles não têm amor ao próximo. Não perdoo quem fez isso com meu filho”, declarou Valéria de Assis da Silva, mãe da vítima.

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Severino Silva A viúva de Rodrigo, Thaísa de Freitas, disse que o marido foi baleado na frente dos filhos pequenos

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