Metro Brasil (Belo Horizonte)

Áudio indica que jornalista saudita foi torturado

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A mídia internacio­nal divulgou ontem trechos do que seria um áudio sobre os últimos momentos do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia. Crítico ao governo do rei Salman, o colunista do “Washington Post” está desapareci­do desde o dia 2 deste mês. Ele foi visto pela última vez entrando no consulado para pegar documentos. Investigad­ores acreditam que Khashoggi tenha sido assassinad­o no local.

Os trechos dos áudios divulgados pelo “The New York Times” indicam que o jornalista foi atacado logo ao entrar no consulado. Em seguida, passou a ser torturado. “Eles cortaram seus dedos e depois decapitara­m e desmembra- ram ele”, diz o jornal, citando autoridade turca. O crime teria ocorrido no escritório do cônsul saudita, Mohammad al-Otaibi. “Faça isso lá fora. Você me colocará em apuros”, teria dito o cônsul no áudio.

Em meio ao vazamento de informaçõe­s na imprensa, incluindo jornais da Turquia, controlado­s pelo governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a minimizar a participaç­ão do governo saudita. Ele disse em entrevista­s a jor- nalistas que precisa de evidências que provem as acusações. Ontem, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se encontrou com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, em Ancara, para discutir o caso.

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