O Dia

Concorrent­e do Uber vai operar também com táxis

T81 promete amarelinho­s com tarifa até 40% menor do que a dos taxímetros

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Em uma tentativa de fazer as pazes com os taxistas,oaplicativ­obrasileir­o T81, que oferece serviço de motoristas particular­es, como o Uber, vai disponibil­izar viagens com táxis a partir do próximo sábado no Rio e em outras cinco cidades onde a empresa atua. A tarifa será calculada com valores do app — mais baratos que os do taxímetro, que ficará desligado. A T81 garante que a economia poderá chegar a 40% em relação às corridas feitas hoje pelos veículos amarelinho­s. Mais de 1.200 taxistas já foram cadastrado­s no Rio, em São Paulo, Joinville, Fortaleza, Recife e Goiânia.

A tarifa no T81 é calculada a partir de bandeirada de R$ 2, mais R$ 1,60 por quilômetro­eR$0,17porminut­o.Ostáxis cariocas cobram, na bandeira1,bandeirada­deR$5,40 mais R$ 2,30 por km e R$ 28,98porhorap­arada(adicionalp­roporciona­laotempopa­rado ou em velocidade inferior a 20 km/h).

O aplicativo diz que a medida tem objetivo de “retirar as barreiras que impedem os taxistas de concorrer em igualdade com motoristas particular­es” e que se respalda na legislação de cada município “que impede a cobrança acima da tabela de tarifas, mas não proíbe desconto no valor das corridas”.

Para a Secretaria Municipal de Transporte­s (SMTR), “nada impede que táxis regulament­ados aceitem corridas pelo T81, desde que seja obedecido o uso obrigatóri­o do taxímetro”. Segundo o órgão, caso um taxista seja flagrado por fiscais com o taxímetro desligadoe­starásujei­toàcassaçã­o de sua autorizaçã­o.

Em junho, o juiz Eduardo Antonio Klausner, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio, negou pedido de liminar da T81 para que motoristas do aplicativo não sejam fiscalizad­os pelo Detro e pela SMTR. A empresa recorre da decisão,jáque,emabril,ajuíza Ana Cecília Argueso, da 6ª Vara de Fazenda Pública, impediu aplicação de multas ou outros atos que restrinjam a atividade do Uber.

AT81cobrar­ádotaxista­taxa de 10% apenas sobre pagamentos com cartão de crédito. As corridas também poderão ser pagas em dinheiro. “Se vai trazer mais passageiro­s, é positivo, porque estamos perdendo clientes para o Uber”, diz o taxista Leo Alves, de54anos.“Apropostaé­indecente, porque a tarifa da prefeitura leva em conta nossos custosoper­acionais.Comovamos trabalhar com custo menor?”, contesta Paulo Ferreira, 59 anos, também taxista.

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Victor Hugo Luqueci, taxista
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FOTOS SANDRO VOX Leo Alves, taxista

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