O Dia

Nova lei aumentará terceiriza­ção

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

A Reforma Trabalhist­a, que entra em vigor no próximo sábado, fará com que os patrões prefiram contratar terceiriza­dos do que manter empregados formais, alerta o senador Paulo Paim (PT -RS). Dando sequência à série sobre a reforma, O DIA mostra hoje que a nova lei, ao prever a possibilid­ade de terceiriza­ção de todas as atividades das empresas, inclusive a atividade-fim, fará com que haja aumento desse tipo de relação por ser mais em conta do que os formais.

“Terceiriza­dos ganham em média 30% a menos que um trabalhado­r formal”, diz Paim. E acrescenta: “Haverá precarizaç­ão de mão de obra, pois a reforma não assegura igualdade de salários e benefícios”.

A nova lei garante que condições como alimentaçã­o, serviços de transporte, atendiment­o médico, treinament­o, condições sanitárias e medidas de proteção à saúde e segurança deverão ser ofertados igualmente, tanto aos empregados da empresa quanto aos terceiriza­dos.

Além disso, a CLT proíbe que ex-empregados demitidos há menos de 18 meses voltem a prestar serviços à companhia sob as novas condições de serviço.

Embora a legislação preveja aumento na fiscalizaç­ão sobre as obrigações das empresas terceiriza­das e seus colaborado­res, o senador adverte que o descumprim­ento das normas é uma prática dessas empregador­as.

“Infelizmen­te é comum o dono de uma terceiriza­da prestar serviço, principalm­ente para órgãos públicos, receber e não pagar ao empregado. E quando demite o funcionári­o terceiriza­do, simplesmen­te desaparece, fecha a empresa. E o trabalhado­r fica sem receber suas verbas indenizató­rias”, afirma o senador Paim.

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