O Dia

Custo atual dos lixões ultrapassa R$ 730 bi

Descarte ilegal de resíduos é 38 vezes mais caro que sistema ambientalm­ente correto

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Odescarte adequado de lixo é um desafio mundial. Nas últimas três décadas, a produção de lixo cresceu três vezes mais rápido que o número de habitantes, segundo a Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU). No Brasil, os lixões deveriam ser extintos até 2014, conforme determinad­o pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos, mas 56% dos municípios ainda recorrem a esses depósitos inadequado­s. Como consequênc­ia, o custo para remediar a poluição gerada por esses lixões foi superior a R$ 730 bilhões nos últimos dez anos, revelou estudo inédito do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb).

“Os custos poderiam ser até maiores, pois a estimativa para esse impacto no Brasil foi conservado­ra, não levou em consideraç­ão aspectos como a inexistênc­ia de tecnologia como máquinas e equipament­os nacionais para a execução da descontami­nação adequada dos terrenos”, afirmou Jonas Okawara, economista do Selurb. Os danos à saúde, impactos sociais e econômicos também não foram contabiliz­ados.

Anualmente, cerca de 29 milhões de toneladas de lixo são jogadas diretament­e no meio ambiente, sem quaisquer mecanismos de proteção do solo ou do lençol freático. Para diminuir o impacto dos resíduos na contaminaç­ão do solo, água e ar, o

especialis­ta defende a utilização de aterros sanitários.

Enquanto o preço para recuperar uma área transforma­da em lixão custa cerca de R$ 2.520 por tonelada de

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DIVULGAÇÃO No Rio de Janeiro, cerca de 10 mil toneladas de resíduos são recolhidos diariament­e pela prefeitura. O município recicla apenas 0,93% do total

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