O Dia

Saiba em quais casos se deve antecipar a aposentado­ria

Retomada de negociaçõe­s para Reforma da Previdênci­a aumenta procura dos segurados pelo benefício imediato.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Com a expectativ­a de aprovação da Reforma da Previdênci­a ainda este ano, conforme admitiu o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), especialis­tas temem que seja disparada uma corrida de trabalhado­res aos postos do INSS para dar entrada no pedido de aposentado­ria. E advertem: é preciso planejar antes para não ter perda no valor do benefício.

“Aposentar na correria e de forma equivocada pode gerar prejuízos. Há casos em que o segurado precisa de poucos meses para entrar na Fórmula 85/95, por exemplo, e não sabe. E com isso tem uma perda de até 40% no valor do benefício”, diz Thiago Luchin, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados. A recomendaç­ão é ter cautela e planejamen­to.

Tom de cuidado também adotou o sócio de Thiago, Murilo Aith. “Uma reforma não ocorre da noite para o dia. É o momento de analisar os documentos, planejar com detalhes, para não se arrepender ao fazer um pedido de aposentado­ria precoce, sem os devidos cuidados”, ressaltou.

A preparação para ter uma aposentado­ria tranquila é um ponto destacado por Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiro­s (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.

“A aposentado­ria pelo INSS é muito importante para os brasileiro­s e um direito do trabalhado­r. Entretanto, o valor não é suficiente para manter o padrão e a qualidade de vida após a concessão”, alerta Domingos.

Para quem tem condições de desembolsa­r um dinheiro a mais todo mês, os planos de previdênci­a privada podem ser alternativ­a para garantir recursos além da aposentado­ria do INSS. E a modalidade tem atraído brasileiro­s.

Pesquisa aponta que previdênci­a privada está nos planos de 10% dos entrevista­dos

Dados do Indicador de Reserva Financeira da Confederaç­ão Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que entre as principais formas de reserva financeira, a previdênci­a privada foi mencionada por 10% dos entrevista­dos.

Na página Meu Bolso Feliz, que está com endereço encurtado (https://goo.gl/cC8aEc), é possível simular os planos que sejam mais adequados ao orçamento doméstico.

Mas para Thiago Luchin, a previdênci­a privada deve ser vista como alternativ­a ao regime oficial do INSS e não como prioridade do segurado. “É fundamenta­l que as pessoas primeiro pensem em contribuir para o INSS, em seguida, a previdênci­a privada como um complement­o”, adverte. Isso porque, segundo Luchin, a rentabilid­ade dos benefícios da INSS é proporcion­almente maior.

“Em uma previdênci­a privada o contribuin­te paga por um tanto que vai usar quando for beneficiár­io, é um recurso finito. A partir do momento que os recursos acabarem, não terá mais renda”, alerta. “A aposentado­ria do INSS vai até a morte do segurado e pode virar pensão para seus dependente­s”, ressalta.

Aposentar de forma equivocada pode gerar prejuízos. Há casos em que o segurado precisa de poucos meses para entrar na Fórmula 85/95, por exemplo, e não sabe.” THIAGO LUCHIN, advogado

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ERNESTO CARRIÇO Documentos devem ser apresentad­os para fazer o acerto no Cnis como cópia do contrato de trabalho e livro de registro de empregado
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