TIROTEIO E PÂNICO NA PRAÇA SECA
Intenso tiroteio entre PMs e bandidos do Bateau Mouche interrompe sistema BRT e apavora passageiros
Confronto entre policiais e bandidos interrompeu por duas horas o tráfego do BRT na manhã de ontem. Os tiros teriam vindo da comunidade Bateau Mouche, onde a PM fez operação. As avenidas Nelson Cardoso e Geremário Dantas foram interditadas.
Uma operação da Polícia Militar para combater criminosos da favela Bateau Mouche, na Praça Seca, foi marcada por intensos tiroteios na manhã de ontem. A circulação de ônibus do BRT Transcarioca, na altura da estação do Tanque, chegou a ser suspensa entre 9h30 e 11h15. Fotos e vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros se escondendo no chão da estação e deitados no interior dos ônibus em meio ao tiroteio.
Um internauta, que estava em um ônibus do BRT, narrou momentos de pânico pelo Facebook. “Muito barulho de tiro próximo à estação do Tanque, aqui no BRT, e ninguém passa. Muito tiro, estamos todos parados aqui dentro do BRT. Rezando muito”, escreveu o passageiro.
O Centro de Operações Rio chegou a emitir um alerta pedindo que a região do Tanque fosse evitada por conta da operação policial. As avenidas Nelson Cardoso e Geremário Dantas foram interditadas.
Em nota, a PM informou que a operação contou até com blindados, mas não divulgou balanço de apreensões ou presos. Até a noite de ontem também não havia informações sobre feridos.
Desde 2017 a região da Praça Seca sofre com constantes tiroteios após milicianos que pertenciam ao mesmo grupo declararem disputa pelos pontos de exploração de venda de gás, transporte alternativo entre outras atividades comerciais clandestinas. Um dos grupos é apoiado por traficantes.
Para reforçar o policiamento na área, a Intervenção Federal destinou parte do efetivo da UPP da Cidade de Deus para uma Companhia Destacada no Tanque. Mas, além do efetivo ser escasso, o armamento dos agentes também não é moderno.
Ontem, um vídeo também postado nas redes sociais mostrou o momento em que um fuzil parou de disparar nas mãos de um policial que participava da operação.