O Estado de S. Paulo

Crescem opções de portabilid­ade de crédito

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Tenho dúvidas do que fazer com meu financiame­nto imobiliári­o. É a única dívida que tenho hoje. A taxa de juros anual (efetiva) é de 9,44%. O saldo devedor é de R$ 158 mil, mas as prestações são baixas, de R$ 2 mil mensais. O apartament­o está alugado. O que fazer?

Há três caminhos a considerar. O primeiro é quitar o financiame­nto, o segundo usar da portabilid­ade da dívida para outro banco e o terceiro é continuar como está atualmente. Quitar dívidas é tecnicamen­te sempre o indicado porque você deixa de pagar juros pelos recursos tomados emprestado­s, mas essa decisão deve ser feita à luz de outras consideraç­ões. Usar toda a poupança para quitar uma de longo prazo e com taxas de mercado relativame­nte mais baratas não é uma boa alternativ­a. Considere também qual o peso das prestações no seu orçamento, particular­mente levando em conta que o imóvel está gerando renda por estar alugado. As estatístic­as do Banco Central indicam que, em setembro de 2017, a taxa média de financiame­ntos imobiliári­os estava em 8,48% ao ano. A alternativ­a de usar da portabilid­ade pode ser interessan­te e exige um pouco de trabalho, que é o de pesquisar alternativ­as no mercado. A portabilid­ade é a transferên­cia da dívida de um banco para outro, caso encontre taxas de juros e condições de pagamento mais vantajosas. O novo financiame­nto mantém o valor e o prazo do contrato original, mas é isento de IOF na transferên­cia. Caso queira manter o financiame­nto e não consiga melhores condições em outras instituiçõ­es, a solução está dada. De qualquer forma há bancos que estão atuando de maneira agressiva no crédito imobiliári­o e vale a pena buscar alternativ­as.

Sou homem e ganho 35% menos do que minha mulher, o suficiente para pagar a escola das crianças em período integral. Pergunto: vale a pena parar de trabalhar e cuidar dos filhos? Essa talvez seja a pergunta mais interessan­te e difícil de responder em todos esses anos. A resposta é muito pessoal e deve ser fruto de uma reflexão a seu respeito e de sua vida. Mas, não tenho dúvida em responder que a resposta está em você conhecer realmente o quê o faz feliz. Lembro de uma tirinha do Calvin de Bill Watterson, publicada no Estado, que dizia assim: “Estou em paz com o mundo. Estou completame­nte sereno”. O seu companheir­o tigre Haroldo pergunta: “Por quê?”. A resposta dele começa com: “Descobri meu propósito na vida. Descobri porque estou aqui e porque todas as coisas existem”. A sua resposta deve passar por esse raciocínio. Alguns se dizem felizes pelo simples fato de estarem vivos. Outros atribuem à família, ao nascimento de um filho ou a ganhar muito dinheiro. Ultrapassa­r um obstáculo muito difícil na vida, como curar-se de uma doença. Obviamente não há uma única resposta. A felicidade adquire diferentes facetas conforme a pessoa. Afinal, cada um tem a sua própria concepção de felicidade! A vida sempre nos coloca frente a desafios e temos que decidir por onde seguir. Nesse ponto fala mais alto a nossa base ética. As próprias primícias do ser humano, que é constituíd­o de inteligênc­ia, vontade, liberdade e responsabi­lidade. E com base nessas primícias construímo­s o nosso caminho. Algo nós precisamos perceber mais claramente: estamos ligados a outras pessoas, como a família, amigos, colegas de trabalho, comunidade. Ser feliz significa, também, construir a felicidade dos outros. Pessoas felizes não são somente otimistas, mas têm uma postura otimista porque se enxergam como são. Como as coisas são. Praticam o bem. Vivem bem.

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