B3 perde concorrência da Caixa em registro de imóvel
AB3, empresa fruto da união entre BM&FBovespa e Cetip, perdeu uma importante concorrência para a Serasa Experian: a do registro de imóveis oferecidos em garantia na Caixa Econômica Federal, conforme a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 4088, que entrou em vigor neste ano. Esse era um foco de atenção da Cetip, que buscava crescimento em sua unidade de financiamento e há tempos aguardava a resolução, que obriga os bancos a registrarem as garantias nos contratos desses financiamentos. Ganhar essa concorrência tem muito peso: a Caixa responde por 70% desse mercado. Recentemente, o diretor executivo responsável pela unidade de financiamento da B3, Roberto Dagnoni, e que encabeçava esse projeto, deixou a companhia. Procurada, a B3 não respondeu.
» Novos tempos. Além de disputarem uma fatia do bolso dos consumidores, as principais redes de supermercado do Brasil agora brigam por um espaço no telefone celular. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) comemorou quatro meses do lançamento do seu aplicativo de descontos e afirma que a base de clientes dos programas de fidelidade chegou a 13 milhões, cerca de um milhão a mais do que na época do lançamento. Especificamente para a bandeira Pão de Açúcar, o aumento da base dos clientes fidelizados foi de 6%.
» Concorrência. Do outro lado, está o grupo francês Carrefour, que lançou seu aplicativo há menos de um mês e tinha, até então, 4 milhões de clientes identificados.
» Vaivém. A inadimplência do consumidor subiu 5,1% em outubro em relação ao mês imediatamente anterior, conforme levantamento realizado pela Boa Vista SCPC. Na relação anual, por outro lado, houve queda de 9,9%. De janeiro a outubro, a inadimplência do consumidor caiu 2,5%. E considerando o acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 4%.
» Nem lá nem cá. Para a geração Y, o atendimento dos bancos no Brasil não é bom nem ruim. Apenas mediano. É a conclusão de estudo da Allgoo, fintech especializada na digitalização de instituições financeiras, com internautas de faixa etária média de 28 anos, em todo o Brasil. Enquanto a maioria (37%) avalia o atendimento de seus bancos como mediano, 26% o consideram bom e 15% ruim.
» Amigo, parceiro. Um dos motivos mais óbvios para a percepção mediana do atendimento dos bancos, conforme a pesquisa, é a figura do gerente. A maioria (33%) dos entrevistados pela fintech busca profissionais ágeis, enquanto que 27% procuram parceria com seu gerente. No quesito tecnologia, 36% das pessoas consultadas consideram seu nível de satisfação com os recursos oferecidos atualmente pelos bancos como bom. Já 26% avaliam somente como “média”.
» Positiva. No fim, metade da geração Y avalia como positiva a experiência com os bancos no Brasil. Entretanto, para 40% a avaliação foi neutra, reforçando o espaço para as fintechs crescerem no setor bancário no País. A margem de erro da pesquisa, realizada pela Allgoo em setembro, é de 3 pontos porcentuais e o intervalo de confiança é de 95%.
» Ladeira. A percepção de que a reforma da Previdência foi deixada de lado e a instabilidade política têm piorado o otimismo do empresariado brasileiro. Com isso, o Brasil caiu oito posições no ranking global de otimismo, indo para a 25.ª colocação, conforme o estudo International Business Report (IBR), da auditoria e consultoria Grant Thornton.
» Só cai. No terceiro trimestre deste ano, o indicador de otimismo no Brasil ficou em 26%, queda de 6 pontos porcentuais em relação ao trimestre imediatamente anterior. Esse é o quarto trimestre consecutivo de redução, de acordo com a consultoria. No último trimestre do ano passado, esse índice estava em 59%.
» Melhores e piores. Globalmente, o otimismo registrou a marca de 49%, sendo que o país mais otimista da pesquisa é a Indonésia (100%) e o mais pessimista, o Japão (-14%). O levantamento avalia a expectativa de 2.500 líderes de mercado em 35 países, sendo em torno de 200 empresários brasileiros.