WILLIAN, LÍDER DA SELEÇÃO DE TITE APESAR DA TIMIDEZ
Meia do Chelsea vestirá a braçadeira contra o Japão
Willian é conhecido por ser um dos mais tímidos jogadores do atual elenco da seleção brasileira, mas caberá a ele a tarefa de comandar o time que enfrentará o Japão hoje, em Lille. Usar a braçadeira não o abala, mesmo porque o meia sabe que sua missão é temporária. “Líder não é só aquele que tem a faixa de capitão, mas sim todo o elenco. Todos os jogadores devem dar sua contribuição”, diz.
O meia do Chelsea será o 14.º capitão em 16 jogos sob o comando de Tite, que desde que chegou à seleção pratica um rodízio de capitães, uma forma de estimular o espírito de liderança de todos que entrarem em campo. “Dentro da seleção nós estamos construindo vários líderes”, afirma Willian. “Me sinto honrado pela oportunidade e pela confiança de sair jogando como titular e com a braçadeira de capitão.’’
Figura carimbada das convocações de Tite, Willian sabe que só uma lesão ou um fato novo – e grave – tiraria seu lugar cativo na lista de 23 jogadores que serão chamados antes da Copa do Mundo. E, ciente de que deve ser um dos líderes do Brasil em campo no Mundial, parece ter incorporado o discurso do treinador. “Temos de ser mentalmente forte durante os treinamentos e durante os jogos. A gente tem de sempre merecer vencer. Esse é o nosso pensamento dentro de campo.’’
Willian terá hoje um privilégio extra: será o primeiro capitão brasileira da história em um jogo com árbitro de vídeo fora de campo. “Com certeza vai ser um aprendizado. Não tive essa experiência ainda”, ponderou o meia. “Mas nós temos de nos preocupar em jogar, esquecer a arbitragem, e fazer o nosso melhor dentro de campo. Se acontecer um lance muito duvidoso, se tiver a necessidade de pedir (a arbitragem de vídeo), que a gente consiga falar com o árbitro a respeito pode ser importante.” / ANDREI NETTO