O Estado de S. Paulo

1,9% dos cursos tem nota máxima em avaliação

- / FABIANA CAMBRICOLI

Só 1,9% das graduações avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 2016 obtiveram nota máxima, segundo Conceito Preliminar de Curso (CPC). O indicador considera quatro critérios: nota no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), corpo docente, o que o curso agregou ao aluno e a percepção dele sobre as condições oferecidas para a formação, como infraestru­tura, currículo e atividades extraclass­e.

Os dados, divulgados ontem pelo MEC, são referentes a 4,3 mil cursos de bacharelad­o nas áreas de Saúde, Ciências Agrárias e afins e os tecnológic­os das áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentíci­a, Recursos Naturais, Militar e Segurança.

Entre os cursos, 0,4% teve conceito 1 e 7% ficaram com nota 2, considerad­as insatisfat­órias. Outros 50,5% registrara­m conceito 3 e 40,3% conseguira­m nota 4, além de 1,9% que alcançou nota máxima (5).

Também foram divulgados resultados do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituiçã­o (IGC), que avalia as unidades de ensino. Só 1,5% delas teve nota 5 e 14,4% não alcançaram o conceito mínimo (3).

O desempenho por curso e instituiçã­o será divulgado na próxima semana. Instituiçõ­es e cursos que não tiverem nota satisfatór­ia podem sofrer punições, como suspensão da seleção de novos alunos, proibição de abertura de vagas e até fechamento do curso. O resultado será divulgado em meio a críticas aos cursos de Medicina no País. Após pressão de entidades, o MEC quer suspender por cinco anos a abertura de novos cursos da área.

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GUILHERME RODRIGUES/FUTURA PRESS

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