O Estado de S. Paulo

Tarifas resistem e têm alta de quase 10% em 12 meses

- / D.A. e M.R.S.

Apesar da perda de força da inflação como um todo, os preços de bens e serviços monitorado­s pelo governo vêm pressionan­do o orçamento das famílias. A inflação de monitorado­s ficou em 0,54% em outubro. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses desse grupo registrou alta de 9,90%.

A gasolina ficou 22,31% mais cara nos últimos 12 meses e registrou o maior impacto sobre o IPCA do período, o equivalent­e a 0,90 ponto porcentual. A energia elétrica foi a segunda maior pressão sobre a inflação em 12 meses, com elevação de 16,69%, com contribuiç­ão de 0,60 ponto.

Os dois itens, porém, devem perder força este mês. O economista André Braz, da FGV, prevê forte desacelera­ção no próximo IPCA, graças a um recuo nos preços da gasolina nas refinarias e a entrada em vigor da bandeira amarela para a energia elétrica, que é mais barata. Por outro lado, o gás de botijão ficará mais caro.

“Não necessaria­mente o aumento no gás chegará ao consumidor de uma só vez. Nessa queda de braço, de um lado a gasolina e a energia elétrica, de outro o gás de botijão, acho que o saldo será de desacelera­ção”, calculou Braz.

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