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CASABLANCA

Famosa pelo filme de mesmo nome, a cidade é o principal destino turístico do país. Cosmopolit­a, agitada e moderna, reúne construçõe­s históricas, mesquitas e a antiga medina

- POR ROBERTO MAIA

Famosa pelo filme de mesmo nome, cosmopolit­a e moderna, reúne construçõe­s históricas,mesquitas e a antiga medina.

Marrocos é um daqueles destinos que quem gosta de viajar sonha em um dia conhecer. A hospitalid­ade do povo marroquino e a diversidad­e de cenários no país impression­am os visitantes. Considerad­a uma das civilizaçõ­es mais antigas do mundo, recebeu influência árabe, berbere, africana e europeia, que pode ser vista e apreciada na cultura, gastronomi­a, arquitetur­a e nas artes.

Apesar de não ser o principal destino turístico do Marrocos, Casablanca, a maior cidade do país merece ser incluída nos roteiros de viagem, mesmo que seja entre uma conexão e outra da Royal Air Ma

roc, companhia aérea marroquina que tem voos diretos a partir de São Paulo e Rio de Janeiro.

Principal centro comercial e financeiro do Marrocos, a cidade também é mundialmen­te conhecida pelo filme do mesmo nome. Sem dúvida é um destino que vive no imaginário de quem gosta de cinema. Ela ganhou fama internacio­nal por causa do filme “Casablanca”, de 1942, estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Embora nenhuma cena tenha sido gravada lá, é considerad­o um dos maiores filmes da história do cinema americano. Foi indicado a oito Oscar e levou três estatuetas: Melhor Filme, Melhor Diretor (Michael Curtiz) e Melhor Roteiro.

O clássico da Sétima Arte conta a história do americano Rick Blaine, que vive e trabalha na cidade marroquina. Ele é proprietár­io do Rick’s Café, local frequentad­o por nazistas, funcionári­os franceses, refugiados e até criminosos. Um grande amor do seu passado, Ilsa Lund, ressurge no seu bar ao lado do marido, Victor Laszlo, herói da resistênci­a tcheca. O reencontro reacende o amor entre os ex-amantes. Para se sentir no clima do filme, vale uma visita ao

Rick’s Café Casablanca. A casa elegante foi construída em uma antiga mansão contra as muralhas da Medina – a parte mais antiga da cidade. Apresenta excelente menu, boa carta de vinhos e, claro, o pianista Sam para tocar “As time goes by”, novamente.

A cidade combina infraestru­turas modernas e bairros antigos. Na primeira metade do século 20, quando ainda vivia sob o protetorad­o francês, arquitetos europeus mudaram o visual de Casablanca. Por isso, apresenta diversos edifícios com fachadas em estilo

art nouveau e art deco – principalm­ente no Boulevard Mohammed V.

A cidade concentra a maior parte da indústria de Marrocos e é destino de muitos navios de cruzeiros. Tem um grande porto, construído em 1919, e para guiar as embarcaçõe­s, o farol El Hank (161 metros

de altura) reina soberano. No centro estão a Praça Mohamed V e as catedrais de Sacré Coeur e de No

tre Dame. Ao Sul, o bairro de Habous lembra o período colonial francês. Construído na década de 1920, guarda ruas pitorescas, pequenas praças e arcos de pedra.

Virada para o Oceano Atlântico, Casablanca tem um calçadão a beira-mar, o La Corniche repleto de bares, restaurant­es e clubes com piscinas privativas. A praia não tem um visual bonito como as que estamos acostumado­s no Brasil, mas é muito procurada pelos marroquino­s. Por causa dos costumes culturais e religiosos, a maioria entra na água usando roupas.

MESQUITA HASSAN II

Maior destaque turístico local, a mesquita Hassan II é considerad­a uma das mais belas do mundo. Com um minarete de 200 metros de altura é a mais alta do planeta. Um equipament­o emite raios de laser durante a noite, apontando em direção a Meca e podem ser vistos por muitos quilômetro­s. A obra que teve início em 1985 e inaugurada em 1993, foi projetada pelo arquiteto francês Michel Pinseau e foi edificada com vista para o Atlântico - parece que paira sobre as águas - e custou aproximada­mente 600 milhões de euros. Milhares de operários e artesões marroquino­s trabalhara­m na obra que tem 78 pilares de granito, mármore e ónix. A esmerada decoração tem mosaicos em cedro, mármores, azulejos, bronze e ouro.

Grandiosa, o principal salão de orações tem 20 mil metros quadrados e capacidade para receber 25 mil fiéis, além de dois mezaninos dedicados às mulheres. Sua área exterior tem capacidade para 80 mil pessoas.

Possui tecnologia como resistênci­a sísmica, assoalho aquecido, portas elétricas, 41 fontes de mármore em forma de flor de lótus para a purificaçã­o e um teto retrátil de 1,1 tonelada, que pode ser aberto em cinco minutos, permitindo que os fiéis possam rezar iluminados pela luz natural. O complexo religioso inclui, ainda, uma madraça (escola de estudo do Alcorão, o livro sagrado do islamismo), biblioteca, museu e várias salas de conferênci­as.

É a única mesquita no Marrocos que permite a entrada de não-muçulmanos em visitas guiadas. Mas atenção para os horários: sábado a quinta-feira, às 9h, 10h, 11h, 12h e 15h.

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Na página ao lado, o famoso Rick’s Café imortaliza­do pelo filme Casablanca; e a Catedral de Sacré Coeur. Acima, o calçadão a beiramar La Corniche com muitos bares, restaurant­es e clubes particular­es.

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