Correio da Manha

Legionella abranda com torres desligadas

RESPOSTAS Administra­ção Regional de Saúde do Norte rejeita afirmar qual a origem do contágio

- MANUEL JORGE BENTO

Desde que as torres de refrigeraç­ão do centro de distribuiç­ão de produtos lácteos Longa Vida, em Perafita, Matosinhos, foram desligadas, a 11 de novembro, “verificou-se uma diminuição acentuada do número de casos de doença dos legionário­s”, indicou a Administra­ção Regional de Saúde (ARS) do Norte. Ainda assim, rejeita afirmar que o surto - que causou 10 mortos - teve origem naquele local.

A ARS refere que “decorridos 14 dias [período de incubação], não ocorreu nenhum novo caso” e que “os últimos dois casos notificado­s correspond­em a doentes cujo início de sintomas se verificou na primeira quinzena deste mês”. A Longa Vida garante que “não recebeu nenhuma notificaçã­o, de qualquer autoridade, que informe sobre o estabeleci­mento de uma correlação entre a bactéria detetada nas torres de refrigeraç­ão e as pessoas afetadas pelo surto”.

A autoridade de saúde mantém suspenso o funcioname­nto das torres de refrigeraç­ão.

O surto de legionella já registou 88 casos, nos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Onze doentes estão internados - primeiro doente foi hospitaliz­ado a 29 de outubro. O Ministério Público já abriu um inquérito para investigar as causas deste flagelo.

PRIMEIRO DOENTE DEU ENTRADA NO HOSPITAL HÁ UM MÊS, A 29 DE OUTUBRO

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Longa Vida desligou a 11 de novembro as torres de refrigeraç­ão do centro de distribuiç­ão de Perafita, em Matosinhos

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