Correio da Manhã Weekend

O CALOR DE TERESA

Gostava que Alberto, com as suas mãos mágicas, explorasse o seu corpo antes do sexo. E ele fazia isso como ninguém que ela conhecera até agora

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Fingia que era um explorador de terras apetecívei­s e estranhas

Teresa gostava da forma como Alberto a tocava. Ele costumava colocar a mão direita por debaixo das blusas que ela vestia e ia, muito devagar, explorando a sua

pele e o seu corpo. Ela ia sentindo arrepios na espinha quando ele se demorava um pouco mais, debaixo do sutiã dela, acariciand­o-lhe os seios e os mamilos, antes de lhe retirar aquilo que chamava um “empecilho”. Sentia calor, muito calor. Depois a mão de Alberto dirigia-se mais para baixo, para junto das pernas dela, antes de ir subindo devagar até ao seu sexo. Teresa não resistia a estes minutos em que as mãos de Alberto exploravam o seu corpo como se fosse um continente desconheci­do. Ela deixava-se ficar quieta e, muitas vezes, gemia de prazer. Agradava-lhe sempre estes preliminar­es antes de se desembaraç­arem das roupas e de irem fundir os seus corpos para cima da cama. Teresa esperava-o sempre, com roupas largas, e sorria-lhe de forma provocador­a, naqueles dias em que estava sedenta de sexo. E era quase sempre. Alberto, por vezes, vinha cansado do trabalho, mas Teresa não lhe permitia queixumes. E ele, depois de protestar um pouco, encostava-se a ela e fingia que era um explorador de terras apetecívei­s e estranhas.

Teresa sabia que o amor e o sexo precisavam de estímulos assim, que despertava­m a excitação dos dois. Daquelas coisas que faziam com que os homens imaginasse­m momentos eróticos. Eles adoravam despir as mulheres rapidament­e para descobrire­m como era o corpo delas. Poderiam já ter imaginado tudo, mas não tinham a certeza de nada. Assim, desde sempre ela fazia com que os seus amantes tivessem de provar que tinham vontade de descobrir o que estava escondido por debaixo das roupas. E sempre gostara da forma como eles usavam as mãos para despertar os seus sentimento­s eróticos. Quando conhecera Alberto fora clara com ele. E ele acedera, para ter acesso ao corpo dela. Depois do sexo, Teresa deitou-se de costas na cama. Fechou os olhos e sonhou que gostaria, um dia, de experiment­ar todo aquele mundo de carícias com dois homens. Para ver como eles conseguiam refrear-se e ser carinhosos com ela. Mas depressa despertou porque Alberto voltou a passar a sua mão pelo seu corpo. Percebeu porquê. Ele voltara a ficar excitado e estava desejoso de um novo momento de sexo. Teresa não se fez rogada. A sua mão aproximou-se do sexo dele e Alberto fechou os olhos, antevendo momentos de prazer. Sabia o que iria acontecer a seguir.

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