Diário de Notícias

FC Porto de grande classe elimina Roma e amealha 14 milhões

Histórico. Felipe marcou logo aos 8’, De Rossi e Emerson foram expulsos. Contra nove, Layún e Corona selaram entrada na Champions

- MANUEL QUEIROZ

Portistas foram a Roma vencer por 3-0 (1-1 na primeira mão) e juntam-se a Benfica e Sporting na fase de grupos da Champions. O sorteio é amanhã.

O FC Porto conseguiu ontem o impossível, ao ganhar em Roma por 3-0 e passar à fase de grupos da Champions, assegurand­o um encaixe de 14 milhões de euros. Depois do 1-1 no Dragão, as coisas pareciam difíceis mas a equipa marcou logo aos 8’ por Felipe – que tinha marcado na própria baliza na primeira mão – e depois De Rossi foi expulso aos 39’ e Emerson Palmieri aos 50’. Ou seja, o FC Porto jogou toda a segunda parte praticamen­te contra nove e ganhou naturalmen­te. O país campeão europeu vai ter três equipas na Champions, prolongand­o o estado de graça do futebol português.

Foi uma grande noite dos portistas, com uma enorme vitória. Melhor o resultado do que a exibição, mas, para uma equipa que tinha tantas dúvidas, a resposta foi boa e as circunstân­cias do jogo ditaram o resto. As duas expulsões foram justas e a primeira mandou Maxi para a enfermaria.

O FC Porto chegou cedo à vantagem com Felipe a dar o melhor seguimento a um livre lateral de Otávio, ao segundo poste, antes dos 10’. A Roma tinha tido dois cantos nos dois primeiros minutos, mas o plano de Spalletti, percebeu-se depois, era esperar e ver, jogar cá atrás e apanhar os portistas em contrapé. Passes para as costas dos centrais portistas, aceleraçõe­s quando ganhavam a bola, mas pouco perigo. Um tiro de Nainggolan de fora da área (2’) – Casillas defendeu para canto – foi tudo até Salah obrigar o espanhol a defesa com os pés (37’). No meio houve o golo do FC Porto e, se não houve domínio, houve controlo dos homens de Espírito Santo, que também apareciam com perigo junto de Szczesny.

O FC Porto jogava em 4X2X3X1, com Otávio e Corona nas alas, André André ao meio e com os defesas laterais sempre soltos para também irem ao ataque. Aos 39’, o árbitro mostrou vermelho direto a De Rossi, por uma duríssima entrada a Maxi. O uruguaio reentrou mas pouco depois caiu sozinho, num contra-ataque da equipa da casa, mostrando que não tinha hipóteses de continuar. Onze contra dez outra vez, mas os portistas sem Maxi, uma baixa importante. Só que cinco minutos depois do intervalo Palmieri também foi expulso e era uma questão de tempo.

A Roma entrara com o tal plano de tração atrás. Bem ao contrário do que aconteceu no Dragão, onde a primeira meia hora foi extraordin­ária, ontem foi ao contrário. O médio De Rossi foi defesa central (faltava Vermaelen expulso no Dragão), mas toda a equipa apresentav­a uma atitude de não ir para a frente mas de não se descobrir, não correr riscos. Só que mesmo depois do golo de Felipe teve dificuldad­es em mudar o chip. Nunca teve períodos de pressão, teve cantos (nove na primeira parte, 11-2 ao todo), também porque o FC Porto controlou bem o jogo com Alex Telles a secar Salah, Felipe bem sobre Dzeko e Maxi sobre Perotti. Danilo manteve a sua posição no meio-campo e teve dificuldad­es com Nainggolan, o melhor da Roma ontem. Ainda entrou Iturbe porque Spalletti tentou com a velocidade do antigo jogador do FC Porto, colocado como ponta-de-lança, pôr Felipe em dificuldad­es. Ganhou umas faltas, mas Iturbe mostrou que saiu do Dragão e não tinha lá lugar.

Contra nove, basta não cometer erros. Ainda cometeu alguns – Sérgio Oliveira chutou direto um livre (para a rua…) ainda a 0-1 quando se aconselhav­a fazer jogo, ter a bola, passar o tempo e controlar. Mas Layún marcou o segundo depois de Szczesny sair em catástrofe e Corona o terceiro com um nó cego a Manola. Dois golos mexicanos a fechar a vitória que calou o Estádio Olímpico a um quarto de hora do fim e o árbitro nem deu descontos. Não tinha dado nos cartões e menos ainda no tempo, acabou no último segundo do minuto 90 porque não valia a pena mais.

FC Porto encaixou

14 milhões e entrou na fase

de grupos

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