Nuno Espírito Santo: “É este o FC Porto que queremos”
Treinador do FC Porto afirmou que foi importante “ter uma ideia clara e acreditar nela”. Destacou qualidade da AS Roma
REAÇÕES Nuno Espírito Santo era um treinador visivelmente satisfeito na flash interview após a vitória do FC Porto sobre a Roma. Destacou o “trabalho” dos seus atletas e a forma como estes estiveram em campo.
“Vencemos essencialmente pelo trabalho. Tenho de dar os parabéns aos jogadores, que foram fantásticos num campo tão complicado e frente a um adversário com tanta qualidade”, começou por afirmar.
Sobre os pontos fulcrais que culminaram na vitória da sua equipa, Nuno destacou o “equilíbrio” do conjunto, assim como o facto de este ter sido “solidário” durante os noventa minutos.
“Soubemos interpretar o jogo, unidos, defender e sair com critério, descomplexados. Isso aconteceu nos primeiros 20 minutos e o golo foi inteiramente merecido”, acrescentou.
Defendendo a importância de “ter uma ideia clara, acreditar nela e colocá-la em prática”, voltou a colocar o foco nos jogadores, sublinhando que a equipa “soube anular os pontos fortes da AS Roma”.
“Superar uma eliminatória da Champions em agosto é complicado. Conseguimos um objetivo, mas queremos continuar a crescer. É este o FC Porto que queremos”, finalizou Nuno Espírito Santo.
Já Miguel Layún, autor do segundo golo dos dragões, falou da inteligência da equipa e dos “argumentos” que esta demonstrou.
“Já sabíamos que ia ser um jogo difícil e é uma pena que a AS Roma tenha ficado fora da Liga dos Campeões. Como eu disse após o primeiro jogo, tínhamos argumentos e muita vontade de ganhar aqui. Demonstrámos isso desde cedo, marcámos um golo e fomos sempre inteligentes ao longo do jogo”, destacou o defesa mexicano. R.S. Do Real Madrid ao Ludogorets, não faltam equipas estrangeiras com um toque português na fase de grupos da Liga dos Campeões. No entanto, nenhuma terá uma ligação tão vincada a Portugal como a que garantiu ontem o apuramento, com Leonardo Jardim no banco, Bernardo Silva e João Moutinho em campo, e um golo do ex-Rio Ave Fabinho. Sim, o Mónaco assegurou o regresso à Champions, ao vencer o Villarreal, por 1-0, em casa. Celtic, LegiaVarsóvia e Ludogorets também carimbaram os bilhetes de regresso.
Após um ano de ausência (em 2015-16, foi eliminado pelo Valência), Leonardo Jardim conseguiu meter mais uma lança portuguesa na Liga dos Campeões: com ele (mais RuiVitória, Jorge Jesus e Nuno Espírito Santos) serão quatro os treinadores nacionais em prova. E fê-lo de forma calculista q.b. Com Bernardo Silva como titular, João Moutinho como suplente utilizado e Ivan Cavaleiro sem sair do banco, o clube monegasco geriu a vantagem da 1.ª mão (2-1) e só marcou nos instantes finais (89’), graças a um penálti – por pretensa mão de Musacchio. Quem o marcou, com um remate ao ângulo superior, foi Fabinho, médio brasileiro que pertenceu aos quadros do Rio Ave entre 2012 e 2015, embora nunca tenha jogado pela equipa de Vila do Conde (esteve emprestado a Real Madrid e Mónaco).
AoVillarreal, não bastou ter a iniciativa de jogo (com mais posse de bola mas menos remates): o submarino amarelo falha o retorno à fase de grupos da Liga dos Campeões, onde não marca presença desde 2011-12. E Espanha perde a possibilidade de ter cinco clubes nessa etapa – os outros são Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid e Sevilha, tudo emblemas com atletas portugueses.
Além dos do Mónaco (e dos do FC Porto, claro), ontem outro luso saiu a sorrir do play-off da Champions: Vitinha, defesa esquerdo do Ludogorets Razgrad. O esquerdino não jogou mas a equipa búlgara garantiu o apuramento, pela segunda vez, para a fase de grupos (dois anos depois da estreia), ao empatar 2-2 no terreno doViktoria Plzen. Misidjan (17’) e Keseru (90’) marcaram os golos das águias de Razgrad. Legia Varsóvia faz história Também foi apenas em cima do apito final que o LegiaVarsóvia acabou com as dúvidas e assegurou o seu histórico regresso (21 anos após a estreia) e das equipas polacas (20 anos depois) à fase de grupos da “liga milionária”. O Legia estava reduzido a dez, quando Kucharczyk fez o 1-1, que acabou com as hipóteses de uma surpresa dos irlandeses do Dundalk. Dos 32 países que já tiveram representantes na prova rainha da UEFA, a Polónia era o que há mais tempo esperava para voltar a receber jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões – desde a presença do Widzew Lodz, em 1996-97.
Na Escócia, a espera não foi tão longa. Ainda assim, o Celtic falhava a fase de grupos desde 2013-14. Ontem, garantiu-a apesar de ter derrapado em Israel: perdeu por 2-0 diante do Hapoel Be’er Sheva, equipa de Miguel Vítor (que foi titular).
Hoje serão conhecidos os últimos cinco apurados para a competição – que, por agora, só tem garantido um estreante, o Leicester. Manchester City e Mönchengladbach parecem certos (trazem largas vantagens da 1.ª mão, fora de casa) mas nos restantes duelos deve imperar o equilíbrio. Se o fator casa funcionar, pode valer mais um regresso (Salzburgo, 21 anos depois) e uma estreia (Rostov) na Champions. RUI MARQUES SIMÕES Após a ida aos quartos- de-final em 2014-15, Jardim volta a dirigir o Mónaco na Champions
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