Jornal de Negócios

Meo e PT off

Patrick Drahi garante que Altice não tem “plano de saídas massivas” na PT. António Costa bloqueia eventual despedimen­to de 3 mil pessoas na empresa.

- SARA RIBEIRO, EM NOVA IORQUE*

A Altice vai deixar cair as marcas PT e Meo. O grupo francês assume a sua veia internacio­nal, alargando a marca Altice a todas as suas operações. É mais um episódio da história da empresa, criada em 1994, e que já foi palco de conquistas e de retiradas. A Altice vai estender a marca global aos países em que está presente.

Opasso, que já era esperado, foi dado. Até ao segundo trimestre de 2018 as marcas PT e Meo vão desaparece­r. Surgirá, em seu lugar, a marca Altice. Mais uma nova vida para aquela que chegou a ser uma das maiores empresas nacionais. Em 2015, acabou confinada ao mercado português, e foi adquirida pela Altice por mais de 7 mil milhões. Deixa, agora, cair a marca de água nacional. A marca PT foi criada em 1994, quando se operou a criação de uma empresa com os vários activos públicos das telecomuni­cações. A marca Meo nasceu em 2008, pela mão do ex-presidente da PT Zeinal Bava, para ser a insígnia para o serviço de televisão, convergent­e, e que acabou a aglutinar a marca móvel TMN. Agora, é ela própria aglutinada. A mudança das marcas decorre da estratégia da criação de uma marca global única para todos os países onde a Altice está presente, incluindo Portugal, Estados Unidos da América, França, Israel e República Dominicana. “Achámos que era o momento certo para ter uma marca única”, disse Michel Combes, presidente executivo do Grupo Altice, numa apresentaç­ão feita em Nova Iorque. “Estamos a tornar-nos mais do que uma empresa de telecomuni­cações.” Os activos de media e as marcas com públicos-alvo “mais especializ­ados não vão mudar”, detalhou. Ou seja, a marca única não se estende ao Sapo, Moche e Uzo, que se mantêm, tal como o Público tinha avançado. No campo empresaria­l, as ofertas em todos os países vão passar a designar-se Altice Business. “A Altice entra hoje numa nova era. Este é o nosso caminho”, sublinhou Michel Combes. “O que nos faltava até agora era uma marca global única que reflectiss­e a natureza internacio­nal e digital do nosso grupo e que reforça a força das nossas marcas e que vai reinventar o futuro”, acrescento­u. A mudança de todas as marcas nos vários países onde a Altice está presente, que vai ser efectuada gradualmen­te, será concluída nos próximos 12 meses. O “rebranding” vai começar na República Dominicana, e deverá ficar concluído no terceiro trimestre deste ano.

Mudanças em Portugal arrancam “em breve”

O arranque do processo em Portugal, que vai incluir mudanças nas lojas, equipament­os e edifícios, será “em breve”, referiu Michel Combes, não se compromete­ndo com datas e prazos. A reconversã­o em Portugal deverá acontecer ao mesmo tempo que for implementa­da no mercado francês. “Temos de selecciona­r o melhor ‘timing’ para fazer esta transição”, apontou. Michel Combes escusou-se a detalhar o investimen­to na criação da marca global, que inclui um novo logótipo e assinatura. Agora, a Altice estará associada à frase:

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