Governo admite baixar portagens nas estradas do interior do país
O novo ministro Pedro Siza Vieira foi ao Parlamento a falar do Orçamento para 2018. O governante quer atrair investimento para o interior do país.
“Nem a revisão das portagens nas vias rodoviárias do Interior será descartada. PEDRO SIZA VIEIRA Ministro adjunto
O Governo admite baixar os preços das portagens no Interior como forma de tornar estas regiões mais atractivas. O anúncio foi feito pelo novo ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira. “Nenhum instrumento será descartado” para conseguir dar mais coesão ao território nacional, disse Siza Vieira, no Parlamento, onde apresentou o Orçamento do seu ministério para 2018. “Nem a revisão das portagens nas vias rodoviárias do Interior será descartada”, concretizou, abrindo ainda a porta à utilização de instrumentos fiscais que permitam fixar o investimento e as pessoas no interior, bem como a “relocalização” de serviços públicos no interior, atendendo às características dos próprios territórios e à adequação das funções do Estado às características destes. Aaprovação do próximo quadro comunitário de apoio é também outro dos instrumentos que o Governo quer usar para valorizar o Interior. Na mesma audição no Parlamento, o ministro acrescen- tou que o Governo já baixou os preços das portagens no Interior mas que este é um trabalho que tem de continuar. “Este Governo já levou a cabo uma redução das portagens de 15% no Interior”, disse o governante frisando que esta é uma possibilidade para “empresas localizadas nas regiões” de “serviço de transporte de mercadorias”. “Temos de inserir o território do interior nas cadeias de logística”, disse. “Este caminho vai continuar a prosseguir.” “O Governo equaciona a continuação da revisão das portagens. Não descarta essa revisão no contexto de eliminação do custo de contexto à fixação no interior”, disse ainda, sem acrescentar outros detalhes. Ao Negócios, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas não se comprometeu com uma nova redução das taxas de portagem a somar à que entrou em vigor em Agosto de 2016 nas auto-estradas do Interior e para a Via do Infante. “Na altura, o Governo comprometeu-se a avaliar o impacto financeiro e para a mobilidade dessa medida, trabalho que tem em curso”, disse fonte do gabinete de Pedro Marques. A intenção do ministério é perceber o efeito dessa medida, designadamente no tráfego e em termos de impacto económico, numa análise a um período mais longo que permita despistar eventuais distorções, como as sazonais.