Praça de touros vai abaixo
Espinho Junta quer alienar espaço abandonado em hasta pública, com preço-base de 800 mil euros. Superfície comercial é uma hipótese
praça de touros de Espinho vai ser demolida e dar lugar a edifício de comércio, serviços e habitação. A Junta de Freguesia, proprietária do terreno, quer vender os 3300 metros quadrados do terreno em hasta pública.
Há muito que a praça, a sul de Espinho, está desativada e com sinais de degradação avançada. A última corrida de touros realizou-se na década de 80 e nos últimos anos ainda serviu para convívios e outras iniciativas pontuais. O abandono ditou, porém, que ali nada possa realizar-se.
A Junta de Espinho decidiu, agora, alienar o terreno em hasta pública que deverá ocorrer dentro de um mês e com um preço-base de licitação a rondar os 800 mil euros.
No lugar da praça e de acordo com a proposta de projeto do arquiteto João Castelo, haverá lugar para comércio, inclusive com armazém, que pode, por exemplo, servir para uma superfície comercial. Terá, ainda, lojas, escritórios e uma zona de dois pisos destinada a habitação. “A ocupação atual não dignifica a zona sul de Espinho”, afirmou, ao JN, o presidente da Junta de Freguesia, Rui Torres.
O autarca considera que aquele património deve servir “os interesses dos espinhenses” e que a resolução deste “problema”, que há muito se encontrava pendente, era “um compromisso eleitoral assumido com a população”.
Rui Torres diz-se confiante na anuência popular para a solução encontrada para o local que, afirma, “vai valorizar aquela zona e será um marco diferenciador na entrada sul da freguesia”. “O que se pretende é obter o máximo rendimento deste património público e com isso beneficiar a própria freguesia”, adiantou.
Outras ideias tinham sido pensadas para ocupar o espaço da praça de touros como a construção de um pavilhão desportivo. Mas, refere o presidente da Junta, “as autarquias estão sem capacidade para se financiarem e fazer o seu próprio edificado”, explicou.
A verba angariada com a venda tem já alguns destinos traçados. “Vamos poder ajudar as coletivida- des e adotar fisicamente o edifício da Junta para mais duas décadas de funcionamento e tornar o mesmo mais eficiente energeticamente”, explicou. Também a dívida da Junta de Freguesia, a rondar os 40 mil euros, poderá desta forma ser saldada.