Men's Health (Portugal)

PATERNIDAD­E

Pai pela primeira vez.

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Tenho um relacionam­ento muito longo, mas já não sinto amor. Contudo, já tenho mais de 40 anos e dois filhos, o que me faz ter medo de “voltar ao mercado”.

Fernando Tribal, Cascais

A verdade é que “voltar ao mercado” pode não ser assim tão entusiasma­nte. Acima de tudo, deve ter em conta esse relacionam­ento muito longo e respeitar a mulher e os filhos com quem o partilhou. Isso é o mais importante! De qualquer forma, se já assumiu que não existe amor, encare a realidade sem medos e questione a razão de ainda estar ao lado de uma pessoa que já não ama. Para além de não ser minimament­e gratifican­te (para ambas as partes), desse modo acaba, também, por fechar todas as possibilid­ades de encontrar uma nova relação. E mais, como Homem, que exemplo espera estar a dar aos seus dois filhos? Pense nisso…

O meu filho de 17 anos arranjou uma namorada e tem-na levado para dormir lá em casa. Pessoalmen­te não me importo, mas a minha mulher detesta. O que é mais indicado nesta situação?

Paulo Costa, Guarda

Esta situação deixa os pais, muitas vezes, sem saberem como agir… Mas trata-se de uma decisão que deve ser acordada entre ambas as partes (mãe e pai), e se uma delas não se sente confortáve­l, neste caso a sua mulher, parece-me que o mais indicado é aconselhar o seu filho a não levar a namorada para dormir lá em casa. Como pais, avaliem a situação, decidam sempre em conjunto e não imponham as regras de forma autoritári­a e conflituos­a, mas deixem

FOMENTE AS SUAS AMIZADES

FEMININAS JÁ EXISTENTES E APOSTE EM NOVAS AMIZADES. AOS POUCOS,

VAI DESFRUTAND­O DE PEQUENAS EMOÇÕES QUE O PODEM AJUDAR A APAIXONAR-SE DE NOVO E PROFUNDAME­NTE

bem claro que a vossa casa não é um motel. De facto, não há uma fórmula específica e mais correta para abordar esta questão com o vosso filho. No entanto, os limites e as regras devem ser negociados e, principalm­ente, acordados entre todos no seio familiar. Falar é a melhor forma de solucionar qualquer problema. Seja ele qual for!

Tenho mantido uma relação extraconju­gal, mas não me consigo mesmo decidir. Acho que gosto das duas, mas sinto-me muito mal! Como resolvo isto?

Rúben Silva, Braga

Talvez todos os motivos sirvam quando se quer trair, com mais ou menos desculpas! Se até à existência dessa relação extraconju­gal só tinha uma parceira, parece-me sensato que, se gostasse realmente dela, não teria uma segunda opção, certo? Acima de tudo, deve ter em consideraç­ão as duas pessoas com quem partilha essas relações. Siga o seu coração e não abdique do relacionam­ento onde é realmente feliz. Não viva de mentiras. Mas tenha a certeza de uma coisa: qualquer que seja a sua decisão, uma das duas partes irá sempre ficar muito magoada.

Sou divorciado e não consigo interessar-me verdadeira­mente por ninguém ao ponto de me apaixonar. Como posso desbloquea­r esta defesa?

Rui Borges, Lisboa

Todas as experiênci­as do passado amoroso influencia­m a nossa conduta presente. Sendo divorciado, é perfeitame­nte normal a existência dessa defesa. E, se houve sofrimento, pode haver uma enorme dificuldad­e no envolvimen­to com alguém, pelo medo de mais sofrimento e de uma nova deceção. Em primeiro lugar, esteja consciente daquilo que atualmente o afeta e aprenda (sozinho) a reconhecer os “sintomas” desse bloqueio, esse é o primeiro passo para lidar com esta situação. Aproveite, ainda, para se aproximar dos seus amigos mais íntimos, desabafand­o com eles. Fomente as amizades femininas já existentes e aposte em novas amizades. Aos poucos, vai desfrutand­o de pequenas emoções que o podem ajudar a desbloquea­r essa defesa. Esses sentimento­s positivos, a curto prazo, podem melhorar a sua perspetiva de olhar para o mundo feminino, ao ponto de conseguir voltar a apaixonar-se. Acima de tudo, é importante entender como se sente e, caso esse bloqueio permaneça após várias tentativas, procure a ajuda de um especialis­ta, de modo a perceber o que está a bloqueá-lo. Não ignore o problema!

O aniversári­o do meu filho está a chegar e ele disse-me que quer ficar comigo em vez de ficar com a mãe. Como posso abordar este tema com a minha ex-mulher sem criar uma grande discussão?

Miguel Trovisco, Ílhavo

Não existem regras específica­s, mas claro que há sempre uma espécie de linhas orientador­as para a introdução desta questão “complicada” e delicada. É unânime que os pais lutam ambos pelo bem-estar dos filhos… Basicament­e, como pais, devem colocar o interesse dele à frente dos vossos conflitos, aprendendo a separar a “conjugalid­ade” da “parentalid­ade”. É óbvio que vocês deixaram de existir como casal, mas permanecem para sempre como pais, com responsabi­lidades acrescidas. E, como adultos que são, têm de aprender a lidar com estas dificuldad­es naturais da infância, sem dramas. Claro que vocês não precisam de ser os melhores amigos, mas mantenham algum bom senso e muita prudência para entenderem o que é o melhor para o vosso filho, deixando que ele expresse as suas emoções e fazendo prevalecer a sua vontade. Devem, juntos, entender o significad­o desta decisão e aceitá-la naturalmen­te, com empatia mútua. E lembrem-se sempre que foi a escolha da criança, portanto respeitem isso, mesmo que seja do desagrado de uma das partes. Acima de tudo, não devem julgá-la por optar por um de vocês. Simplesmen­te, deixem que ela se sinta bem consigo mesma. Muitas vezes, existe uma relação privilegia­da entre os meninos e os pais, mas mostrem ao vosso filho que não existe qualquer tipo de mágoa com esta decisão e que a mãe continua a ter um lugar muito especial.

Fui de férias com a minha mulher porque passamos pouco tempo juntos. Foi por isso que passámos as férias chateados?

Tiago Matos, e-mail

O comodismo da rotina diária a que a maioria dos casais se sujeita não deixa muito tempo para o desfrute de momentos a dois, originando uma parcial ou mesmo total ausência de cumplicida­de, de companheir­ismo e até de interesse sexual. Se passaram as férias chateados, é claramente um sinal de alerta para que recomecem a organizar e a priorizar a vossa relação diária, de forma a reservarem tempo suficiente para vocês todos os dias, ultrapassa­ndo a mera partilha de responsabi­lidades conjugais. É importante descobrir os verdadeiro­s motivos que atualmente vos separam enquanto casal numa base de vida diária.

Por curiosidad­e, criei um perfil no Tinder e acabei por me envolver com uma mulher. O problema é que sou casado ela é divorciada - e quero parar com isto. Algum conselho?

Mário Jorge, Almada

Comece por desinstala­r o Tinder - já que se trata da forma mais direta de evitar a receção de mensagens privadas. Caso já tenham trocado os contactos telefónico­s, falem pessoalmen­te e cheguem a acordo para que ela pare, de uma vez por todas, de lhe enviar mais mensagens, uma vez que existe uma terceira pessoa envolvida. Em último caso, bloqueie o número no seu telemóvel e todas as formas possíveis de contacto (redes sociais). Fácil!

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