O Jogo

Meli cabeça de cartaz

Argentino será apresentad­o e vai assistir ao jogo do Torneio Cinco Violinos Adrien também tem proposta para sair

- FEDERICO DEL RIO (Argentina)

EM 2014, OSELLA COMANDOU MELI NA SUA AFIRMAÇÃO

NO COLÓN, PELO QUAL DISPUTOU 34 JOGOS, TODOS COMO TITULAR

Apesar de o ter utilizado sobretudo como ala – e até como lateral –, técnico reconhece ao médio que chega a Alvalade para ser alternativ­a para “oito” atributos idênticos aos do capitão dos leões

César Marcelo Meli é o reforço a ser apresentad­o esta noite em Alvalade, depois de ter viajado durante o dia de ontem desde Buenos Aires. O médio recrutado ao Boca Juniors, que o cede por empréstimo de uma época, com os leões a ficarem com opção de compra por 2,7 milhões de euros, chega a Alvalade para se perfilar como alternativ­a a Adrien, na posição 8, mas a sua versatilid­ade permite-lhe atuar não só pelo corredor central, mas também pelo flanco direito, podendo desempenha­r as funções assumidas por João Mário no onze de Jorge Jesus. Essa foi, aliás, a posição em que mais foi utilizado por Diego Osella, técnico que o orientou no Collón, na sua época de afirmação (2014), antes de rumar ao Boca.

“O César teve comigo o seu ponto alto na carreira, porque a sua velocidade pela ala era um factor-chave no sistema que usava na altura, em que todos os jogadores pressionav­am em permanênci­a o adversário. Se formos a ver os jogos que fez, era habitual tirá-lo aos 15, 20 minutos da segunda parte, devido ao enorme desgaste físico a que estava sujeito. A verdade é que para mim foi muito importante naquela campanha, apesar de termos descido depois de conseguirm­os fazer 30 pontos”, observou a O JOGO Osella, antes de se pronunciar sobre as valências táticas de Meli: “No meu caso, utilizei-o mais como médio pela direita, apesar de também o ter chamado a jogar como lateral, uma vez que procurava aproveitar­a sua capacidade para recuperar, queé excelente, e sempre soube posicionar-se muito bem em campo, mesmo que só tenha atuado ali esporadica­mente .”

“Tinha-o pedido para o Newell’s, mas ele acabou por ir para Portugal, algo que me deixa muito satisfeito, porque não tenho dúvidas que voltará ao nível que demonstrou no Colón de Santa Fé”, referiu o técnico de 46 anos que orienta agora o Newell’s Old Boys, antes de apontar o que o médio pode melhorar: “Em certas ocasiões, deve discernir melhor qual o momento para su-

bir no terreno, porque muitas vezes esse sector tem muitos adversário­s, pelo que seria mais produtivo se tentasse evoluir com diagonais interiores. Sempre lhe fiz notar isso e, mesmo que tenha melhorado muito, ainda lhe falta um pouco isso.”

Desafiado a discrimina­r um termo de comparação, Osella mostrou algumas reservas, mas acabou por conceder: “É sempre complicado comparálo com algum jogador do futebol europeu, porque há diferenças técnicas e, sobretudo, físicas com os que estão no futebol argentino. Mas diria que tem algumas semelhança­s com Mariano González[ jogou no FC Porto entre 2007 e 2011] quando apareceu, com a diferença que ele chegava com mais facilidade ao golo do que Meli.” “Jogar no Boca não é fácil para ninguém, há demasiada pressão. Além disso, nenhum treinador lhe deu 20 jogos seguidos, apesar dos adeptos lhe reconhecer­em a entrega, a garra e o facto de nunca se dar como vencido ”, assegurou, para rematar: “No Sporting, devem dar-lhe o lugar que ele merece, espero que assim seja, porque vai trazer-lhes muitas felicidade­s. É jovem e esta será a sua primeira experiênci­a no estrangeir­o, aos adeptos que não sejam pacientes peço-lhes que entendam que é um rapaz de 24 anos que irá deixar tudo pelas cores que passa agora a defender.”

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