O Jogo

CRONÓMETRO É UM DESEJO CARO

Aquisição de equipament­os e mais um árbitro podem travar as inovações que jogadores e técnicos aplaudiram

- PAULA CAPELA MARTINS

A introdução do marcador eletrónico na Elite Cup foi elogiada por todos, mas O JOGO ouviu Fernando Graça, presidente do CERS RH, e percebeu que as mudanças não serão simples nem para já

O campeonato começa amanhã, duas semanas depois de, na Elite Cup, a organizaçã­o do torneio ter experiment­ado algumas normas não oficiais. A introdução de um cronómetro semelhante ao do basquetebo­l, para gerir os tempos de ataque, a divisão dos time-out num período de um minuto e dois de 30 segundos e os penáltis como primeiro critério de desempate – por sinal não houve empates... –, deixando cair o golo de ouro, foram medidas que agradaram a jogadores e treinadore­s.

Fernando Graça, presidente do CERS RH (nova designação do CERH), afirmou a O JOGO que “foi positivo” e “globalment­e interessan­te”, mas defendeu que “as experiênci­as devem ser refletidas”. E explicou: “o cronómetro é bemvindo, indispensá­vel e para aí se caminha, mas levanta desde já um problema de natureza financeira. Primeiro, coma aquisição do material, que deveria ser um painel único com tem-

“Cronómetro é indispensá­vel e para aí se caminha, mas levanta um problema financeiro” Fernando Graça presidente da CERS RH

pode jogo e posse de bola, e ainda coma introdução demais um árbitro, por que o atual terceiro árbitro não deves er auxiliar da dupla em pista, controlar os bancos e ser cronometri­sta. Há custos adicionais. Aliás, como nem todos os clubes têm basquetebo­l, logo não tê messe equipament­o, o hóquei devia criar o seu próprio”.

Quanto aos time-out, Fernando Graça, viu “algumas lacunas” e revelou dúvidas. “A interrupçã­o não deve vir da mesa. Esta deverá dar indicação e tem de ser o árbitro a apitar. Vi Ferran Font num lance de ataque isolado quando o jogo foi interrompi­do... De resto, não creio que 30 segundos dê para alguma coisa”, concretizo­u. Finalmente, sobre o fim do golo de ouro, esclareceu: “Sou contra o golo de ouro, mas no comité não consigo ter unanimidad­e. Estes temas, bem como outras normas, devem ser revistos por uma comissão de técnicos.”

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Jogadores aplaudiram as inovações testadas na Elite Cup

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