QUANDO A ARTE SE CRUZA COM O DESPORTO
A patinagem artística é uma mistura harmoniosa entre a dança e o desempenho físico
Quando o filme ‘Eu, Tonya’ estreou nas salas de cinema de todo o Mundo, estava dada a primeira lição sobre a patinagem artística: é um desporto elegante, mas deselegantemente exigente. Esta modalidade “alia a técnica, a precisão, o equilíbrio, a proeza e a estética” em perfeita sintonia com a música, adianta a Federação de Patinagem de Portugal. Mas atenção que existem duas variantes: no gelo e em rodas (em pavilhão). “Em Portugal, a mais popular é a patinagem de pavilhão livre”, adianta Patrícia Melo, ex-praticante e treinadora no Grupo Recreativo Vigor da Mocidade, em Coimbra. E há ainda dança (solo ou a pares), pares artísticos e figuras obrigatórias. A patinagem está associada à nobreza e aristocracia nas suas origens. Em Portugal, os primeiros patins datam do século XIX, usados no Palácio de Mafra, vindos de Paris. Porém, a modalidade só assim foi considerada em Portugal nos anos 50. A patinagem tornou-se uma atividade recreativa, mas foi só na década de 70 que se começou a falar em patinagem artística. Portugal conquistou a sua primeira medalha de ouro em 1999, no Europeu. Rita Falcão, na altura com 25 anos, foi quem a trouxe para casa. A patinadora alcançou o pódio na especialidade de figuras obrigatórias.
Já Hugo Chapouto, com 23 anos em 2008, foi campeão mundial em solo dance. Mais recentemente, em 2017, Ricardo Pinto sagrou-se campeão mundial na mesma categoria, na China, depois de, dois anos antes, ter alcançado o mesmo feito. Segundo Patrícia Melo, Portugal destaca-se em muitas competições internacionais. Como existem diversas variantes da patinagem artística, as regras mudam; a única que se mantém igual é a pontuação, sempre de 0 a 10. *
ESTA MODALIDADE IMPLICA HORAS E HORAS DE DEDICAÇÃO DOS ATLETAS, DAS SUAS FAMÍLIAS E DOS TREINADORES