TELEVISÃO meu amor
1 SELECÇÃO EM TRÊS CANAIS A Federação conseguiu convencer RTP, SIC e TVI a darem em simultâneo dois jogos da Selecção. O primeiro conseguiu juntar, no total, 2,6 milhões de pessoas, e 57,8% de share. Ou seja, mais de
42% de quem via televisão fugiu a esta monocultura, imposta pela força do evento futebolístico. Um dado curioso. 2
COSIDO À MÃO Sinais interessantes na RTP1, Sábado à noite. Mais de 520 mil pessoas já seguem o programa, sem pretensões, de Sónia Araújo. Acima dos 12% de share, Cosido fica em linha com a estação. O formato sucedeu a Luís de Matos: será que dois projectos tão antagónicos fazem sentido no mesmo canal, no mesmo horário? 3
JANTAR NO PANTEÃO Lisboa recebeu, pela segunda vez, a chamada Web Summit.
Trata-se de um evento tecnológico, tornado global pelo marketing da organização e pela submissão voluntária dos nossos poderes, sempre ávidos de se mostrarem modernos e a par das tendências da moda. Por ironia do destino, a memória popular da Web Summit ficará marcada por este jantar, reservado a um público muito restrito, organizado em pleno Panteão. O espezinhar barulhento da memória nacional fica como metáfora dessa mesma submissão dos políticos. O vídeo que mostra
o jantar faz História. 4
TELEVISÃO POR TELEFONE A SIC Notícias funciona por modas. Houve uma fase em que o canal mais parecia a Skype-Notícias: tudo era motivo para chamar, via Skype, um qualquer especialista, tavez para mostrar uma suposta, e falsa, modernidade tecnológica. Era inevitável: essa febre passou. Agora, estranhamente, está em vigor a obsessão por telefonemas: fazer um especial é colocar espectadores ao telefone. Não há uma ideia nova no canal?