Folha 8

ANGOLA (POIS CLARO) NO TOP DOS PIORES

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AGuiné Equatorial e, pois claro, Angola são dois dos três países do mundo onde menos de metade da população tem acesso a fontes melhoradas de água potável, diz a Unicef, acrescenta­ndo que Angola tem de aumentar mais de cinco vezes o ritmo de redução da mortalidad­e infantil para alcançar o objectivo de reduzir para 25 o número de mortes de menores de cinco anos em cada mil. Estes dados revelam, mais uma vez, que todo o mundo, mas sobretudo os angolanos, devem dar os parabéns a sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos, pelos excelente trabalho que o seu regime – há 40 anos no poder – tem feito em prol da nossa miséria. Angola tem a maior taxa de mortalidad­e infantil do mundo: 157 em cada mil crianças morrem antes dos cinco anos no país. Intitulado “Uma oportunida­de justa para todas as crianças”, o relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), hoje divulgado, alerta para a urgência de investir nas crianças mais pobres do mundo, sob pena de deixar para trás milhões de crianças. No capí- tulo dedicado à Saúde, o relatório apresenta as estatístic­as de todos os países no que diz respeito ao acesso a fontes melhoradas de água potável e a instalaçõe­s sanitárias melhoradas, bem como às taxas de vacinação ou ao acesso a redes mosquiteir­as impregnada­s com insecticid­a. Segundo os dados disponívei­s, apenas três países no mundo têm menos de metade da sua população abrangida pelo acesso a fontes melhoradas de água: Papua Nova Guiné (40%) Guiné Equatorial (48%) e Angola (49%). A situação é pior nas zonas rurais, onde apenas 28% dos angolanos e 31% dos equato- -guineenses têm acesso a sistemas como água canalizada, torneiras públicas ou fontanário­s, poços tubulares ou furos, poços ou nascentes protegidas. Entre os restantes Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Brasil regista 98% da população abrangida (87% nas zonas rurais); Cabo Verde 92% (87% nas zonas rurais); Guiné-bissau 79% (60% nas zonas rurais); Moçambique 51% (37% nas zonas rurais); Portugal 100% em todas as zonas; São Tomé e Príncipe 97% (94% nas zonas rurais) e Timor-leste 72% (61% nas zonas rurais).

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