NOVO ADMINISTRADOR MUNICIPAL DA KISSAMA COMPROMETE O MPLA NA REGIÃO
Administração Municipal da Quiçama está com enormes dificuldades para cumprir o programa de governação defendido pelo MPLA, com o argumento segundo o qual a crise financeira não permite satisfazer as obrigações do partido maioritário para com as populações daquela circunscrição territorial. A situação tem sido, reiteradas vezes, manifestada pelo actual titular da Administração Municipal e primeiro secretário do Mo- vimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), na região, Vicente Soares, aquando das suas intervenções, o que terá gerado no seio da comunidade política local um certo mal-estar, face às eleições gerais que se avizinham já, conforme anúncio pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no mês de Novembro do ano transacto, em Luanda, durante uma reunião do Comité Central do MPLA, órgão deliberativo máximo do partido entre os Congressos da agremiação, que se concentrou para, dentre outras questões, tratar do advento das eleições gerais (presidenciais e legislativas) em Agosto de 2017. Para os políticos e líderes locais, a atitude manifestada pelo actual administrador municipal da Quiçama poderá criar dificuldades ao MPLA nas próximas eleições gerais, uma vez que o mesmo não tem exibido a postura de um dirigente estratega que se espera nesta fase pré-eleitoral pois, refere-se ainda com frequência, é um “indivíduo pouca entregue” à política, tendo inclusive demonstrado um relativo afastamento das actividades ligadas à Igre- ja Católica, concretamente ao Santuário da Muxima, retirando-se nas vésperas da peregrinação para Luanda, uma vez que afirma ter sido ancião das Testemunhas de Jeová, uma religião bastante conhecida pela “neutralidade nas questões deste mundo”. Este facto coloca, como é óbvio, sérias dúvidas quanto aos critérios que motivaram a sua escolha política pelo governador provincial de Luanda, general Francisco Higino Lopes Carneiro, a fim de dirigir o município da Quiçama que, diga-se de passagem, foi uma das praças eleitorais mais fortes do MPLA em 2012, onde este ganhou a todos os partidos. Tal feito poderá não se repetir ante a intensificação das actividades políticas destas agremiações na região, ultimamente, fazendo com que o maioritário vá perdendo espaço, por um lado, e a indicação de um indivíduo que mostra fraca capacidade de direcção política. Segundo uma fonte, se no campo técnico-administrativo conta ainda com alguns indivíduos experientes sobrados da anterior gestão, a nível político-partidário o administrador