SME ACUSADO DE EXTORSÃO
O cidadão Simão Pedro Catchay, que foi recentemente expatriado dos Estados Unidos da América para a República de Angola, precisamente a 17.06.16, acusa alguns operativos dos Serviços de Migração Estrangeira ( SME) de lhe terem extorquido sob forte ameaça, um total de USD700, que sua esposa havia entregue enquanto esteve detido no Departement of Homeland Security/ Geo- aurora, no Colorado. O drama, segundo a vítima, ocorreu tão logo este aterrou no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a sua condição de preso e expatriado dos EUA ao invés de mobilizar solidariedade da parte dos agentes do SME, os mesmos viram na situação uma oportunidade de sacar mais alguns tostões ( tipo hora extra ao serviço do Estado). Simão Catchay conta que ao ter chegado no aeroporto, foi encaminhado para uma sala, na qual, foi submetido a uma bateria de interrogatórios. “Eles ( SME) diziam- me que eu era criminoso e que por isso estive preso na américa, e negaram que eu fosse angolano, mesmo após os ter exibido o meu passaporte. Ameaçaram que me iriam encaminhar à DNIC, de onde, segundo eles, eu ficaria preso ou me iam reenviar para América ou Portugal”, contou. A vítima que não vem a Angola há mais de seis anos descreveu o sucedido como um acto de pura agressão psicológica com objectivo explícito de extorsão. “Eles ( operativos do SME) não tiveram pejo para ao menos esconder o que queriam, um dos agentes disse- me mesmo que se não arranjasse nada eu estava « paiado » . De seguida deu- me um envelope e disse- me para ir ao quarto de banho e colocar dinheiro nele, assim o fiz”, contou, acrescentando, que, “o agente irritou- se comigo por ter colocado apenas USD120, por isso, mandou- me novamente ao quarto de banho, desta vez, na companhia de um agente. Entretanto, já cansado fisicamente face à viagem e psicologicamente também, face aos interrogatórios e, naturalmente, por ter sido deportado, facto que me fez regredir imenso na vida, decide entregar todos os 700 dólares que tinha”, lamentou o jovem que teve de contar com a ajuda de um amigo ao sair do aeroporto para casa, por já não ter dinheiro algum para apanhar o táxi. A propósito, a nossa reportagem envidou esforços em contactar a hierarquia do SME, mas sem sucessos.