Folha 8

POLÍCIA DE TRÂNSITO BANHADA EMCORRUPÇíO

- POR PEDROWSKI TECA

A17 de Setembro, por despacho n.º 200/16 do comandante geral da Polícia Nacional, Comissário Geral, Ambrósio de Lemos Freire dos Santos, foram expulsos, como era de esperar, raia miúda, sempre ela, dois agentes da Polícia Nacional, por terem solicitado dinheiro à automobili­stas. “Mas quando são os chefes grandes a cobrar? Aqueles que têm empresas, sem conseguir justificar a proveniênc­ia do dinheiro, porque razão nunca são, também, expulsos e presos”?, questiona a “vox populi”. A resposta fica para outra freguesia. Vamos aos factos. Esperança Salvador Lourenço, agente incorporad­a há menos de uma semana na Unidade de Trânsito de Luanda e Carlos Maria da Conceição Gaspar, agente da Ordem Pública, já com algum tempo na corporação, terão incorrido no crime de concussão, previsto e punível, no Código Penal, em vigor, alegadamen­te, por terem coagido automobili­stas a entregar 1.500,00 (mil e quinhentos) Kwanzas, sob pena de apreensão da documenta- ção e viatura. A ter ocorrido não deixa de ser grave, mas o problema é que amiúde, só se houve uma versão, no caso do automobili­sta, sem que haja o direito ao contraditó­rio, que passa por ouvir os agentes e haver uma acareação entre todas as partes, uma vez se tratar de acusação verbal, prova falível. O acto de expulsão dos dois agentes foi presidido pelo comandante provincial de Luanda, Comissário Chefe - António Maria Sita, em representa­ção do Comandante Geral da Polícia Nacional, que fez questão de referir que todos aqueles que forem apanhados a praticar os mesmos actos, seguirão igual destino, uma vez, na Polícia não poderem existir marginais, tão pouco, tão pouco os agentes devem aproveitar a sua qualidade de autoridade, para tirar dividendos financeiro­s.

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