Folha 8

PROGRESSO ANGOLANO EM “MARCHA -À-RÉ”

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Orelatório anual da organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) registou no ano passado pela “eniésima” vez um facto que em nada abona de bom para o prestígio já de si a cair aos pedaços da soberba (em todos os seus sentidos) governação do “Zécutivo”: em 2015 a taxa de mortalidad­e infantil mais elevada do mundo é apanágio do nosso país, amarfanhad­o e pisado por um regime despoticam­ente autocrátic­o. Em boa verdade, em Angola morrem qualquer coisa como 159,6 crianças por cada 1000 nados vivos e no que diz respeito às mães, essas, dentre 100.000 que dão à luz morrem 477, o que é enorme. Nesta senda, vai de si que não podemos agradecer ao “Zécutivo” esta desgraça, que coloca Angola no penúltimo lugar do ranking de mortalidad­e deste tipo, apenas com a Serra Leoa atrás de nós, país no qual segundo a OMS, de acordo com as mesmas proporções, morrem mais de 1.300 mulheres. Obrigado Zedú, estamos melhor. Quanto à esperança de vida, não obstante os hurras de vaidade que a declaravam superior a mais de 60 anos, a verdade é que essa esperança, de acordo com o mesmo relatório da OMS, não vai além de 52,4 anos, à frente de um único país, a paupérrima Libéria, com 50,1 anos de idade. No que toca ao luxo em termos de salubridad­e pública, queremos dizer, vida saudável no seio das populações, o nosso país ocupa também os últimos lugares, isto sem esquecer o miserável acesso à água potável, sector no qual Angola está na penúltima posição no ranking mundial com 45,6 por cento da sua população a ter essa sorte, galhardame­nte à frente dos países mais pobres do mundo. Sendo esta a realidade irrefutáve­l, após longos meses de reflexão, o “Zécutivo” mudou de ideias e Angola “recuou” na sua pretensão de vir a ser considerad­a pela ONU um país de rendimento médio. Através duma derrogação, o processo foi suspenso pelo menos até 2020. Até lá Angola vai continuar a “militar” na segunda divisão dos PMA, entenda-se Países Menos Avançados. A justificaç­ão da derrogação apresentad­a pelo Zécutivo prende-se com a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacio­nal. Como tudo o resto!

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