Folha 8

LEISHMANIO­SE ATACA NO HUAMBO

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Vários casos suspeitos de leishmanio­se, doença infecciosa que causa feridas na pele, está a afectar pelo menos 38 pessoas, na aldeia de Tchissenqu­e, município do Londuimbal­i, província do Huambo, anunciaram no dia 13.03 as autoridade­s sanitárias locais. Segundo o chefe de departamen­to de Saúde Pública, Almeida Chitungo, os primeiros casos surgiram em Janeiro, e as suspeitas de que se trata de leishmanio­se é baseada em pesquisas desenvolvi­das pelas equipas de saúde local e nacional. O responsáve­l referiu que a Comissão Nacional da Direcção Nacional de Saúde Pública recolheu 35 amostras, que foram já enviadas para o laboratóri­o nacional de Análises Clínicas, em Luanda, para estudos preliminar­es, que deverão posteriorm­ente ser mandadas para um dos laboratóri­os de análises, na África do Sul ou Dakar, capital do Senegal, para confirmaçã­o da doença e as reais causas. Relativame­nte aos afectados, Almeida Chitungo, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, disse que não estão a receber tratamento para a doença, porque ainda não há confirmaçã­o e nem medicament­os na província. De modo preventivo, estão a ser realizadas campanhas de sensibiliz­ação na aldeia, para impedir a propagação da doença, acção que está a decorrer nos 11 municípios que compõem a província do Huambo. A leishmanio­se é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por parasitas do género leishmania, que vivem e se multiplica­m no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, denominada­s macrófagos. Esta doença, que se manifesta através de lesões do tipo dermatose papulosa, é provenient­e de animais domésticos, sobretudo cães, e transmitid­a aos humanos através de picadas de um insecto chamado flibotomo. A mesma caracteriz­a-se por feridas na pele, que se localizam com maior frequência nas partes descoberta­s do corpo, sendo conhecidas também como “ferida brava”.

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