HISTÓRIAS DO PASSADO RECENTE
Sob o título “Divórcio litigioso, por mútuo acordo ou (re)conciliação?”, o Folha 8 escrevia no dia 26 de Abril de 2015: “A possibilidade, que em grande parte era uma realidade, da entrada dos hipermercados Continente em Angola parece ter a certidão de óbito assinada. A Sonae e a Condis vão divorciar-se. Por mútuo acordo? Talvez não.” E foi mesmo “não”. Isabel dos Santos, bem ao estilo democrático do seu pai, só acredita na reconciliação desde que a outra parte faça o que ela quer. Simples. Para avançar com o projecto, uma cópia fiel do Continente e que foi surripiada à Sonae, nomeadamente através da contratação de dois pesospesados (Miguel Osório e João Seara) da equipa de Paulo Azevedo, Isabel dos Santos criou a empresa Contidis. Contidis? Exactamente. A anterior, a que fora constituída em 2011 em parceria com a Sonae, chamava- se Condis. De há muito que a Sonae sabia que, a qualquer momento, Isabel dos Santos iria dar o golpe fatal à parceria. Acreditava, contudo, que o faria de forma ortodoxa. Estava enganada. Nos negócios, a filha do presidente nunca nominalmente eleito e no poder há 38 anos, não olha a meios para atingir os (seus) fins. É ela nos negócios e o pai na domínio do país. Até mesmo quando viu dois dos seus quadros de topo zarpar para Luanda, Paulo Azevedo ainda