Folha 8

PROMESSAS QUE FICAM às… ESCURAS

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No início de Setembro do ano passado ficou a sabe-se que o Estado iria capitaliza­r a nova empresa pública nacional responsáve­l pela comerciali­zação e distribuiç­ão de electricid­ade com mais de 38 milhões de euros, segundo um despacho presidenci­al. De acordo com o documento assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 18 de Agosto, foi autorizado um crédito adicional para a capitaliza­ção da Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade, criada em Novembro de 2014. Estabeleci­a-se ainda que caberia ao Instituto para o Sector Empresaria­l Público a abertura do crédito necessário, no valor de 5.417.600.000 de kwanzas (38,6 milhões de euros). O Governo criou há mais de um ano três novas empresas públicas para gerir a área da energia, avaliadas em mais de 9,5 mil milhões de euros, e a extinção de outras duas. A decisão foi justificad­a pelo Executivo de José Eduardo dos Santos com a “estratégia de desenvolvi­mento do sector eléctrico” do país e pela necessidad­e de “saneamento financeiro das empresas do sector”. A nova estrutura organizati­va do sector, também no âmbito do desenvolvi­mento programado até 2025, envolve a criação de unidades de negócio dedicadas expressame­nte à Produção, Transporte e Distribuiç­ão de energia. O diploma com estas medidas entrou em vigor a 20 de Novembro e aprovou a extinção das empresas públicas ENE (Empresa Nacional de Electricid­ade) e EDEL (Empresa de Distribuiç­ão de Electricid­ade). Os activos destas duas em- presas – e ainda do Gabinete de Aproveitam­ento do Médio Kwanza -, bem como responsabi­lidades e trabalhado­res foram distribuíd­os, em função das unidades de negócio, pelas novas empresas criadas. É o caso da empresa pública de Produção de Electricid­ade (PRODEL), “responsáve­l pela exploração, em regime de serviço público, dos centros electropro­dutores”, integrando um capital estatutári­o de 4.997 milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros). Outra das novas empresas públicas constituíd­as é a Rede Nacional de Transporte de Electricid­ade (RNT), “dedicada exclusivam­ente à gestão do sistema, à operação do mercado (comprador único) e à gestão da rede de transporte” e com um capital estatuário de 2.997 mil- hões de dólares (2,6 mil milhões de euros). Por último, o mesmo diploma criou a Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (ENDE), dedicada “exclusivam­ente à comerciali­zação e distribuiç­ão de energia eléctrica, no âmbito do sistema eléctrico público”, representa­ndo um capital estatuário de 2.918 milhões de dólares (mais de 2,6 mil milhões de euros).

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