CAMAMA CONSEGUIRÁ ESCOAR KILAMBA
A empresa conta no seu portefólio inicial, apenas naquelas duas cidades, com um total de 1.126 lotes (1.089 no Camama e o restante no Kilamba), que ocupam uma área de 308 hectares. Estes terrenos correspondem a uma área bruta total de construção acima do solo de 11.597.861 metros quadrados. Promover a “rápida e efectiva comercialização dos lotes e terrenos”, bem como “garantir o retorno dos investimentos” e “assegurar a potenciação do valor dos terrenos para maximizar receita do Estado” são objectivos inscritos no plano estratégico da EGTI. A receita gerada pela gestão comercial destes activos pela EGTI será afectada a um fundo próprio, gerido por aquela empresa pública, que terá poderes, entre outros, para celebrar contratos de concessão e exploração de terrenos com promotores privados. O Governo angolano justificou a criação da EGTI, em Março de 2015, com a necessidade de implementar um processo “mais racional e económico de urbanização” do país. A informação conta de um despacho presidencial de criação da empresa, então com um capital social inicial de 2.000 milhões de kwanzas (17,2 milhões de euros, à taxa de câmbio da altura). A criação desta empresa é ainda explicada com a necessidade de “gestão criteriosa dos terrenos infra-estruturados, enquanto património público” e que “garantem o bem-estar social da população”, mas também “no âmbito da requalificação e expansão das cidades e dos centros rurais”. Angola tem em curso um projecto público de construção de centralidades em todo o país, com mil- hares de habitações nas 18 províncias, bem como alguns parques empresariais. O objectivo é “possibilitar um processo mais racional e económico de urbanização que permita um melhor ordenamento e controlo do processo de gestão, a nível nacional, dos terrenos infraestruturas do domínio público e privado do Estado”, lê-se ainda no despacho que cria a empresa pública.