JORNALISTAS ANGOLANOS CRITICAM HOMENAGENS DO SINDICATO
Um grupo de jornalistas angolanos criticou nas redes sociais as homenagens feitas pelo SJA (Sindicato dos Jornalistas Angolanos), que celebrou a 28.03.2017, 25 anos de existência, homenageando igual número de (25) figuras e instituições do jornalismo nacional que contribuíram para a promoção da liberdade de imprensa, de expressão, e na edificação do jornalismo angolano. Para alguns escribas, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos “pecou por excesso e por defeito”, com exaltação preconceituosa e defeituosa, apenas consagrou apenas os profissionais baseados em Luanda e, por excesso, Agostinho Gayeta, por ter agraciado jornalistas de “tarimba”, com uma carreira longa e exemplar, mas que, alguns, nos últimos dez anos não se conhece actuação profissional de exercitarem em qualquer um dos vários géneros jornalísticos, num órgão de informação. “É verdade que para a maioria foi merecida, mas para uns poucos...”, disse. Gayeta lamentou ainda o facto de não terem sido reconhecidas instituições como o Misa-angola, que apesar das dificuldades tem estado ao seu nível e com as limitações todas inerentes ao exercício da defesa da liberdade das pessoas, “mesmo não sabendo ao certo os critérios para o reconhecimento”, o jornalista elogiou as homenagens feitas ao IMEL, ao CEFOJOR, as rádios ECCLESIA (emissora Católica) e LAC (Luanda Antena Comercial). “Porém, faltou constar desta lista de instituições galardoadas o Jornal Folha 8, pela persistência. São mais de 25 anos de existência. O mesmo diria do portal on-line Club-k. Quer queiramos, quer não, é um órgão de informação que tem estado a permitir o livre exercício da liberdade de expressão ao mesmo tempo que garante o direito de informar e de ser informado a milhares de pessoas seja no estrangeiro ou em Angola. É dos portais de informação sobre Angola mais acessados”, argumentou. Do mesmo modo, Agostinho Gayeta deplorou a ausência do portal Maka Angola e do seu proprietário, o jornalista Rafael Marques, que tem feito nos últimos 3 ou 4 anos, um “aturado trabalho no ramo da investigação jornalística. Todavia, a distinção passou distante de si”. “Nomes como William Tonet e Rafael Marques não constaram da lista dos homenageados. Não têm 25 anos de profissão, não fazem ou fizeram um trabalho que merecesse distinção? O que motivou a não inclusão destes nomes? São questões de ordem política? Enfim, várias questões se levantam a esta altura dada a margem deixada pelo SJA,” questionou. O facto é que o nome do veterano jornalista e fundador do jornal F8, William Tonet, esteve na lista dos 25 homenageados, mas Agostinho Gayeta lastimou a vénia porque o mesmo nome não foi mencionado durante a cerimónia. Por outro lado questionou o facto de não ter sido “homenageado jovem algum da nova geração de jornalistas, porém, são estes que nos últimos anos têm dado o melhor de si nas várias redacções de jornais, revistas, rádios e TVS para garantir informação de qualidade e com rigor ao país e o mundo. São muitos os jovens profissionais que desenvolvem várias iniciativas em prol da classe e da liberdade de expressão. Uma distinção para encorajar a luta seria mais do que merecida” explicou Gayeta. Os nomes da lista de 25 jornalistas e instituições distinguidos pelo SJA pela coragem, excelência e contribuição ao jornalismo em Angola, são: Avelino Miguel, Ismael Mateus, Luísa Rogério, Mário Maiato, Stela Silveira, Reginaldo Silva, Siona Casimiro, João Melo, Victor Aleixo, William Tonet, Graça Campos, Américo Gonçalves, Aguiar dos Santos (em memória), Rádio Ecclésia, Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Chela Press, Gustavo Costa, Mário Paiva, Manuel da Silva, Osvaldo Gonçalves, Pedro da Ressureição, Amélia de Aguiar, IMEL, CEFOJOR, e o Grupo Armindo César e Filhos.