MANUEL VICENTE
OFERECIA MILIONÁRIOS APARTAMENTOS AOS GENERAIS KOPELIPA E DINO FRAGOSO
énormal nos Estados onde existem órgãos reguladores, como Portugal, enquanto membro da União Europeia, haver preocupação sobre a proveniência de capital, principalmente se vindo do estrangeiro. Normalmente pretendem as autoridades financeiras e judiciais, saber da licitude do dinheiro e do seu proprietário, visando afastar, qualquer ligações com dinheiro sujo das máfias,
ligadas a droga, a prostituição, ao tráfico de órgãos humanos, ao roubo do erário público ou a corrupção em qualquer país. No caso vertente, pretendeu a justiça portuguesa, que Manuel Vicente justifica-se a forma como obtinha tão elevados montantes financeiros, sendo funcionário de uma empresa pública, no caso a Sonangol, para, numa só sentada adquirir imóveis de mais de um milhão de euros, cerca de dois milhões de dólares, para oferecer a compadres. Desconseguiu uma justificativa convin- cente, levantando por via disso legítimas suspeições, que alimentaram a investigação. E tudo incrimina o actual vice presidente da
República, quando numa atitude desesperada, corrompeu um procurador da República (igualmente arguido no processo), para apagar as pistas, sobre a proveniência do dinheiro de sangue, alegadamente roubado aos angolanos que definham a fome, para estes senhores, uns poucos, detentores do poder e dos cofres do erário público, os esvaziarem, ilicitamente, para engordar
as suas contas bancárias, tornando-os milionários e bilionários, com base na roubalheira e corrupção institucional. E este parece ter sido um dos caminhos perseguidos, pela justiça portu- guesa, o de saber sobre a licitude do dinheiro de Manuel Vicente, depois da preocupante informação do Banco de Portugal, sobre a injecção milionária de capital, carente de uma explicação plausível. Mas, melhor que outras considerações, atentemos a acusação da PGR de Portugal.