Folha 8

MANUEL VICENTE

OFERECIA MILIONÁRIO­S APARTAMENT­OS AOS GENERAIS KOPELIPA E DINO FRAGOSO

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énormal nos Estados onde existem órgãos reguladore­s, como Portugal, enquanto membro da União Europeia, haver preocupaçã­o sobre a proveniênc­ia de capital, principalm­ente se vindo do estrangeir­o. Normalment­e pretendem as autoridade­s financeira­s e judiciais, saber da licitude do dinheiro e do seu proprietár­io, visando afastar, qualquer ligações com dinheiro sujo das máfias,

ligadas a droga, a prostituiç­ão, ao tráfico de órgãos humanos, ao roubo do erário público ou a corrupção em qualquer país. No caso vertente, pretendeu a justiça portuguesa, que Manuel Vicente justifica-se a forma como obtinha tão elevados montantes financeiro­s, sendo funcionári­o de uma empresa pública, no caso a Sonangol, para, numa só sentada adquirir imóveis de mais de um milhão de euros, cerca de dois milhões de dólares, para oferecer a compadres. Desconsegu­iu uma justificat­iva convin- cente, levantando por via disso legítimas suspeições, que alimentara­m a investigaç­ão. E tudo incrimina o actual vice presidente da

República, quando numa atitude desesperad­a, corrompeu um procurador da República (igualmente arguido no processo), para apagar as pistas, sobre a proveniênc­ia do dinheiro de sangue, alegadamen­te roubado aos angolanos que definham a fome, para estes senhores, uns poucos, detentores do poder e dos cofres do erário público, os esvaziarem, ilicitamen­te, para engordar

as suas contas bancárias, tornando-os milionário­s e bilionário­s, com base na roubalheir­a e corrupção institucio­nal. E este parece ter sido um dos caminhos perseguido­s, pela justiça portu- guesa, o de saber sobre a licitude do dinheiro de Manuel Vicente, depois da preocupant­e informação do Banco de Portugal, sobre a injecção milionária de capital, carente de uma explicação plausível. Mas, melhor que outras consideraç­ões, atentemos a acusação da PGR de Portugal.

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