O MALANDRO
Asensação que João Lourenço, mais conhecido por Malandro, quer transmitir, nos seus discursos de muita bazófia, é de que não é cúmplice da rebaldaria e cleptomania, não viveu em Angola nem fez parte do governo do MPLA nos últimos 41 anos. Nesse período de tempo talvez tivesse andado a viajar pelos sete mares e cinco continentes, regressando ontem de manhã a Luanda e inscrevendo-se como militante do MPLA ao princípio da tarde. A meio da tarde teve conhecimento de parte da triste realidade social angolana. É uma tragicomédia esta paródia inventada pelo Malandro para os seus discursos de campanha. Este tipo de inteligência é designado pelos especialistas por demência. Nós classificamos esses discursos com petulância. Arrepia e arrelia tanta demagogia! O Malandro aventa com a hipótese/promessa de aumentar a percentagem da classe média a viver em Angola para cerca de 60%. Quererá ele dizer que, enquanto os angolanos continuam a morrer à fome, de subnutrição e de epidemias, irá avançar com um plano para permitir a entrada no país de mais imigrantes chineses, cubanos, portugueses…
Só assim será possível, com uma imigração em massa de estrangeiros porque, nos últimos 41 anos, o MPLA não demon- strou inteligência, capacidade, coragem e honestidade para melhorar a qualidade de vida, em geral, dos cidadãos angolanos. O MPLA só esteve e está interessado em enriquecer uma minoria muito pequena de angolanos. O Malandro disse ser importante apostar numa melhor organização da economia nacional, para que o país produza localmente os bens e serviços de que necessita. 41 anos após a independência e depois de o MPLA ter mudado de ideologia tantas vezes, mantendo-se na sempre mesma cleptocracia?!… O sofisma de que Angola poderá ocupar uma melhor posição mundial em prosperidade, sob a chefia dos Malandros que se governam à custa da venda dos recursos naturais do país, deixou de ser sofisma para passar a ser uma descarada falácia. O Malandro tenta hipnotizar os cidadãos lembrando que “muitos países que hoje têm economias fortes e sólidas tinham, há 30 ou 40 anos, mais miséria do que Angola. A verdade é de que esses países apostaram no crescimento económico e no desenvolvimento social e não foram governados por Malandros como os do MPLA. Esses países enveredaram pela repartição da riqueza e não pela “abifação” das receitas da venda de recursos naturais por Santos e Generais. Na semana em que foi fuzilado pelos cangaceiros do MPLA o cidadão angolano que revelou, fotograficamente, a situação miserável em que se encontram os presos nas cadeias do re(i) gime do MPLA, não vale a pena o Malandro andar a perder tanto tempo a vomitar conversa fiada. O Malandro já sabe e pode revelar qual é a percentagem que o Zédu decidiu para o MPLA vencer as próximas eleições. As pessoas não vão protestar por as eleições serem decidi- das “democraticamente” apenas pelo ditador. Os cidadãos angolanos sabem que se se manifestarem contra a podridão, onde o Malandro também é chefão, poderão chocar “acidentalmente” contra uma bala, como aconteceu com o defensor dos Direitos Humanos que revelou o horror em que vivem os presidiários das cadeias e os presidiários que vivem, numa aparente liberdade, nas ruas e bairros de Luanda e das restantes cidades de Angola. Não há dúvida de que o Malandro irá ser o próximo Rei-presidente de um governo novamente indecente.