Folha 8

EMPATE MARCADO PELA AGRESSÃO DO ÁRBITRO

- TEXTO DE HERMEGILDO CACULO

Odesafio amistoso entre a selecção nacional de futebol e a sua congénere sul-africana, a 28.03.2017, foi marcado pela agressão, com uma cabeçada do árbitro Joshua Bondo, do Botswana, ao lateral angolano Masuekama Natael, depois de o juiz ter assinalado uma falta a favor dos Bafana Bafana. Angola empatou sem golos com a África do Sul, apresentan­do-se melhor do que no desafio disputado na noite de 25.03.2017, diante dos Mambas de Moçambique, em Maputo, onde perdeu por 2-0. Tratou-se de um desafio em que os sul-africanos criavam jogadas perigosas na primeira parte. A dinâmica do jogo ofensivo imposto pela África do Sul, que pretendeu marcar logo nos primeiros minutos, fez com que os jogadores da selecção nacional, treinados pelo brasileiro Beto Bianchi, tivessem começado a criar também muitas situações de jogadas perigosas.

Como decorreu… O jogo empatado ocorreu no estádio do Búfalo City, num jogo amistoso enquadrado no calendário da Federação Internacio­nal de Futebol, conhecido por Data FIFA, para o ano 2017. Mesmo diante de cerca de 12 mil espectador­es que acorreram ao estádio Búfalo City, os Palancas Negras não pareciam amedrontad­os perante os donos da casa. A partida começou com um ligeiro ascendente dos anfitriões, mas em pouco tempo a selecção nacional equilibrou o jogo e obrigou o adversário a adoptar algumas cautelas defensivas para evitar o domínio dos donos da casa. A primeira parte terminou equilibrad­a com jogadas de ataques repar- tidas, num período em que os angolanos remataram quatro vezes à baliza contrária contra um remate dos sul-africanos. Na segunda parte, com algumas substituiç­ões efectuadas pelo técnico Beto Bianchi, os Palancas Negras baixaram de rendimento e permitiram aos sul-africanos chegar com maior frequência e facilidade à baliza do guarda-redes Neblú, que demonstrou ter uma posição firme. A defensiva da selecção nacional foi o ponto forte, não dando oportunida­de aos atacantes sul-africanos para invadirem as redes de Neblú. O ataque sul-africano passou a sentir dificuldad­es, pois Angola fechou todas as linhas de penetração, cortando passes e marcações aos adversário­s, não permitindo os jogadores sul-africanos chegarem na área angolana. Os adversário­s foram então obrigados a mudar o jogo ofensivo da esquerda para à direita e no centro, mas sem sucesso. A situação perdurou até aos trinta e dois minutos, com a entrada do atleta Vá, que trouxe mais velocidade ao ataque, e a selecção nacional passou a mostrar-se certeiro, ganhando já a confiança, tomando posição no meio campo dos Bafana Bafana, isto é, obrigando a equipa da casa a mudar o seu estilo de jogo por meio de passes longos. Com uma boa postura dos Palancas Negras, aos trinta e sete minutos, em consequênc­ia da firmeza mantida, passou dos vinte por cento da posse de bola para trinta e quatro, registando assim uma mudança ligeira. Devido a subida da selecção, aos cinquenta minutos, os Palancas foram apanhados descompens­ados numa jogada de contra-ataque, onde o guarda redes Neblú evitou, com sucesso, que os Bafana Bafana inaugurass­em o marcador, que mudaria o rumo dos acontecime­ntos. Do lado angolano, Nandinho ainda cruzou para a cabeçada de Ary Papel, mas este sem pontaria, falhou o golo. O jogador Manguxi, aos cinquenta e quatro minutos, ainda muito distante da barra adversária, rematou com muita força mas não teve êxito. Aos sessenta e três minutos, a selecção angolana passou a acusar desgaste físico, optando na circulação de bola. Com a exibição razoável sob o comando técnico de Beto Bianchi, que gritou, saltou e orientou os seus pupilos, a bola correu até aos noventa minutos do desafio com empate a zero bolas no marcador.

O registo… Este foi o terceiro desafio amigável entre os Palancas Negras e os Bafana Bafana, com dois triunfos para os sulafrican­os no seu reduto, e a igualdade registada na noite de 28.03.2017. Em competiçõe­s oficiais, os Palancas Negras triunfaram apenas uma vez, empatando em quatro ocasiões e consentind­o nove derrotas, num registo de oito golos marcados e 18 sofridos diante dos sulafrican­os.os jogos da dupla jornada da Data FIFA serviram para o técnico Beto Bianchi observar individual­mente alguns atletas para os futuros compromiss­os, visando a campanha de apuramento para a fase final da 32.ª edição da Taça de África das Nações (CAN), a ter lugar nos Camarões, em 2019.

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