Folha 8

“NANDÓ” TAMBÉM NÃO EXISTE?

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Agora até o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, nega qualquer envolvimen­to no caso em torno do antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA), em que afirma nunca ter tido conta, desafiando à apresentaç­ão de provas. Querem ver que Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” nunca foi dirigente do MPLA, nem vice ministro do Interior, nem ministro do Interior, nem ministro da Segurança de Estado, nem primeiro-ministro, nem empresário e muito menos presidente da Assembleia Nacional de Angola? “Há uma publicação que está a circular nas redes sociais sobre o suposto envolvimen­to de várias figuras no caso BESA e está lá o meu nome. Eu nunca pedi dinheiro emprestado ao BESA, nem sequer tenho conta aberta no BESA”, afirmou o presidente da Assembleia Nacional e um dos vários elementos do MPLA indi- cados nessa lista. “Nandó” reagia no Parlamento à intervençã­o do deputado André Mendes de Carvalho, da CASA-CE, que fez alusão a alguns dirigentes angolanos envolvidos no caso BESA. “Não podemos ser injustos, há mecanismos legais e judiciais de polícia que podem ajudar a esclarecer quem é quem, porque também na nossa bancada não estamos de acordo quando há pessoas que se aproveitam do dinheiro. Porque o dinheiro de Angola é de to- dos os angolanos, não é só para os mais vivos, como é que vocês estão a nos acusar, estão a nos acusar de quê”, questionou o presidente do Parlamento. O BESA foi extinto em 2014 devido ao volume de crédito malparado resolvido com a intervençã­o do Banco Nacional de Angola, que se seguiu ao colapso do BES português, que era o principal accionista do banco angolano. Na ocasião, o presidente do Parlamento apelou à “cabeça fria” na aborda- gem do assunto e desafiou mesmo à apresentaç­ão de provas por parte de quem acusa. “Vamos sair daqui com a ideia de que os homens de bem deste país, todos dirigentes bem formados, não concordam com a corrupção. Agora se há suspeitas, e vocês são tão ciosos de combate à corrupção, que accionem os mecanismos judicias. Tenham peito, se têm provas, não basta falar, apresentem provas”, rematou.

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