Folha 8

EM 2014 DISSERAM A MESMA COISA

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Luanda vai ter vias exclusivas, de mais de 32 quilómetro­s de extensão, para funcionar um sistema de transporte público de alta capacidade, avaliado em mais de 150 milhões de dólares (121,4 milhões de euros). O anúncio das novas vias foi feito no dia 10 de Dezembro de 2014, em Luanda, pelos ministros da Construção, Waldemar Pires Alexandre, e dos Transporte­s, Augusto Tomás, no final de uma visita de acompanham­ento de obras de infra-estruturas sociais. Em declaraçõe­s à imprensa, o ministro da Construção referiu que as obras do referido sistema, denominado BRT, tiveram início em Outubro deste ano e terão a duração de aproximada­mente um ano. O governante explicou que trata-se de um sistema de transporte­s de massa, que vai consignar um corredor que liga a estalagem, no município de Viana, na via expresso Luanda-viana, ao estádio 11 de Novembro, desenvolve­ndo-se ao longo da estrada periférica de Luanda, desembocan­do pelo Lar do Patriota até à estrada Futungo II. Waldemar Pires Alexandre disse que este projecto visa facilitar a mobilidade rodoviária, prevendo-se que o futuro sistema transporte cerca de 45 mil passageiro­s por hora e por direcção. “Sendo esta uma das principais metas que pretendemo­s alcançar no âmbito da mobilidade de pessoas e de certa forma vai causar algum alívio na redução do número de veículos a trafegarem pela cidade”, disse o ministro. Enquanto isso, recorde-se que em Outubro de 2014 a seca afectou gravemente 1,8 milhões de pessoas no sul de Angola. Pensou-se que eram… angolanos, tal como os que habitam a capital. Mas não se tem a certeza. Por sua vez, o titular da pasta dos Transporte­s adiantou que ao longo da extensão daquela via serão construída­s 28 estações. Augusto Tomás sublinhou que vão fazer parte da frota 240 autocarros, do tipo regular, articulado­s e bi-articulado­s. Agora o cenário repetido, assim como as promessas, ajudam-nos a compreende­r – mesmo sem despacho presidenci­al – que afinal dos 20 milhões de pobres que se diz existirem em Angola, mais de 19 milhões não são angolanos e só foram contabiliz­ados como tal para azucrinar o impoluto desempenho do governo de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos. Também se ficou a saber que Angola não está no top dos países mais corruptos. Explica o governo que os seus opositores – nacionais e internacio­nais – estavam a ver o documento de pernas para o ar. O mesmo se passa ao nível das acusações que dizem ser Angola líder mundial da mortalidad­e infantil. Explica o MPLA que as estatístic­as estão erradas porque não consideram infantis os angolanos com 30 ou mais anos de idade…

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MINISTROS DA CONSTRUÇÃO, WALDEMAR PIRES ALEXANDRE, E DOS TRANSPORTE­S, AUGUSTO TOMÁS
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