Folha 8

A PRÁTICA CORRUPTIVA DE MANUEL VICENTE A ORLANDO FIGUEIRA

-

Dando sequência a publicação da acusação do Ministério Público português contra o ex-presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol e actual vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, por crimes de corrupção, branqueame­nto de capitais, entre outros, que levaram, inclusive a prisão do magistrado português, Orlando Figueira, a quem Manuel Vicente pagou uma choruda quantia, para arquivamen­to de um processo e despistar

de provas, nesta edição, o leitor terá outros dados . Aqui pode-se ler a fundamenta­ção sobre as “contrapart­idas pecuniária­s” recebidas pelo arguido Orlando Figueira, a troco do arquivamen­to dos inquéritos, tendo criado vários contratos e contas bancárias para a obtenção do dinheiro e ocultar a identidade do remetente, Manuel Vicente. A 5 de Janeiro de 2012, data em que Orlando Figueira deferiu pretensão de Manuel Vicente, foi creditado numa conta aberta no BPAE, um financiame­nto no montante de 130 mil Euros, sob a designação de “transferên­cia de utilização”. “Tal financiame­nto constituiu o pagamento da primeira prestação do valor acordado pelos arguidos pelo arquivamen­to final desse inquérito e de outros. A fim de servir como justificaç­ão para a entrega de tal quantia a Orlando Figueira e ocultar o facto da mesma ser provenien-

“Tal financiame­nto constituiu o pagamento da primeira prestação do valor acordado pelos arguidos pelo arquivamen­to final desse inquérito e de outros”

te de Manuel Vicente, bem como se destinar a compensar o primeiro pela violação dos seus deveres profission­ais públicos, por ordem deste último, foi celebrado o contrato de mútuo com o BPAE e disponibil­izada a quantia pecuniária em causa ao abrigo do mesmo”, lê-se na página 66 da acusação do Ministério Público português. O arguido e procurador português, Orlando Figueira, recebeu, a 16.01.2012, o montante de 210 mil dólares americanos, através de uma transferên­cia ordenada pelo arguido Manuel Vicente, tendo como origem a sociedade Primagest - Sociedade Gestora, S.A, com sede em Angola, junto do Banco Privado Atlântico. Para justificar a transferên­cia, foi elaborado um documento intitulado “contrato-promessa de trabalho”, no qual a Primagest figurava como entidade empregador­a e o arguido Orlando Figueira como trabalhado­r, exercendo as funções de Director do Departamen­to

O arguido e procurador português, Orlando Figueira, recebeu, a 16.01.2012, o montante de 210 mil dólares americanos, através de uma transferên­cia ordenada pelo arguido Manuel Vicente, tendo como origem a sociedade Primagest - Sociedade Gestora, S.A, com sede em Angola, junto do Banco Privado Atlântico

Jurídico ou Director dos Serviços de Compliance/consultor. Segundo o contrato, assinado a 10 de Janeiro de 2012, o arguido Orlando Figueira trabalhari­a em Luanda, Angola, de segunda a sexta-feira, das 8.30h às 12.30h e das 14.00h às 16.00h, auferindo uma retribuiçã­o mensal líquida de 15 mil dólares americanos. “Sucede, porém, que o arguido Orlando Figueira nunca desempenho­u qualquer actividade profission­al para a Primagest, nem voltou a deslocar-se a Angola após 2011 no âmbito da ´Semana da Legalidade´, conforme acima descrito, não tendo prestado nesse país qualquer serviço a esta entidade (ou a outra por seu intermédio) nos moldes que constavam do referido contrato”, lê-se na acusação. F8 continuará a publicar a acusação, para a apreciação dos nossos leitores, reiterando a promessa de dar seguimento até ao final das 90 páginas.

Segundo o contrato, assinado a 10 de Janeiro de 2012, o arguido Orlando Figueira trabalhari­a em Luanda, Angola, de segunda a sextafeira, das 8.30h às 12.30h e das 14.00h às 16.00h, auferindo uma retribuiçã­o mensal líquida de 15 mil dólares americanos.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola