TERRORISMO INTERNO
Sempre que no horizonte se vislumbra, mesmo que seja uma hipótese remota, a possibilidade de alguma mudança, o regime em que emeritamente labuta o ministro Ângelo Veiga Tavares dá logo sinais preocupantes quanto ao medo de perder as eleições. Para além do domínio dos meios mediáticos nacionais, o MPLA aposta forte numa estratégia que tem dado bons resultados. Isto é, no clima de terror(rismo) e de intimidação. Aliás, um dia destes vamos ver por o MPLA afirmar que todos aqueles que têm, tiveram, ou pensam ter qualquer tipo de actividade que possa beliscar a ditadura do MPLA são terroristas e devem “ser varridos”. E, na ausência de melhor motivo para aniquilar os adversários que, segundo o regime, são isso sim inimigos, o MPLA joga agora e mais uma vez a cartada que tem na primeira linha das suas opções e que é tão do agrado das potências internacionais, e que é a de que há perigo de terrorismo. Tal como mandam os manuais, o MPLA começa a subir o dramatismo para, paralelamente às enxurradas de propaganda, prevenir sobretudo os angolanos de que ou ganha ou será o fim do mundo. Além disso, nos areópagos internacionais vai deixando a mensagem de que ainda existem por todo o país bandos de potenciais terroristas que precisam de ser neutralizados. Aliás, como também dizem os manuais, se for preciso o MPLA até sabe como armar uns tantos dos seus acólitos para criar a confusão mais útil. E, como também todos sabemos, em caso de dúvida todos os opositores e os seus aliados serão culpados até prova em contrário.