A INVALIDADE DAS ELEIÇÕES GERAIS I
Foi no dia 15 de Junho de 2016 que Bornito de Sousa, ministro da Administração do Território (MAT), herdou todas as competências da CNE no que toca à organização do Registo Eleitoral. Essa foi a primeira agressão feita à clareza das eleições, na medida em que o Registo Eleitoral é uma operação-chave da equidade das mesmas, ou seja, a partir dessa data as eleições gerais agendadas para o dia 23 de Agosto próximo deixaram de ser credíveis e, com o passar do tempo, acumularam-se as provas de que todo o processo está altamente viciado e totalmente programado em favor do MPLA. Em meados de Dezembro no Lubango, deu-se início a uma apelidada pré-campanha eleitoral levada de vento em popa pelo candidato do MPLA João Lourenço e programada para durar 7 meses, quer dizer, até à abertura campanha oficial um mês antes do dia de voto, A partir daí, no tempo de antena consagrado todos os dias pela Televisão de Angola (TPA) a essa pré-campanha, pelo menos, entre dez a vinte minutos de publicidade aos comícios liderados por João Lourenço e não só, palestras, dicas, inaugurações a granel, etc., correspondem a menos de um minuto dedicado à oposição, isto sem esquecer a publicidade consagrada ao dever imperativo de voto de todos os angolanos, na qual pudemos ver um homem explicar que o voto é um dever patriótico... Mas por quê, perguntou alguém que o estava a ouvir, e o homem a dizer, “Todos temos de votar, porque esta é a maneira de escolhemos os nossos governantes”! Ora bolas, os ditos “governantes” já lá estão, no governo. Abuso!