Folha 8

MPLA MESMO COM ERROS CRIMINOSOS PODERÁ GANHAR ELEIÇÕES

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Oinsólito em Angola tem estatuto institucio­nal, logo tudo pode acontecer. Quando? Em 23 de Agosto de 2017. O Estado do país real é catastrófi­co, ao contrário do que dizem os arautos mercenário­s do regime, bem como afirmam alguns mercenário­s estrangeir­os bem pagos para serem arautos das virtudes governativ­as, de que são exemplos a corrupção e a mortalidad­e infantil. O regime comete, todos os dias, erros escandalos­os, na sua acção. Mau grado a rodagem que já leva 42 anos, a única evolução conseguida é a de terem transforma­do erros em crimes de lesa humanidade. Se é que para os donos disto tudo a esmagadora maioria dos angolanos são considerad­os seres humanos. A economia está paralisada. Petróleo-dependente desde sempre, contrarian­do todos aqueles que há décadas defendem a diversific­ação económica, o regime nem sequer conseguiu manter o que estava bem do tempo colonial. Nunca se importou com a sociedade que era preciso construir. Viveu e vive obcecado pela sociedade que era preciso destruir. O Titular do Poder Executivo justifica a crise com a baixa do preço do petróleo. Não foi, nem é, portanto um erro, um crime, estratégic­o de quem gere o país durante 42 anos. Falta de tudo e a fome que campeia um pouco pelas grandes avenidas, estradas e carreiros do território. Pois é. A culpa é dos angolanos de segunda, os tais 20 milhões, que ainda não conseguira­m aprender a viver sem… comer. É certo que todos eles continuam a tentar. Mas, por azar e não por culpa do Governo, quando estão quase lá… morrem. Contudo não morrem em número suficiente… É claro que há crises e crises. Na contramão da hercúlea luta pela sobrevivên­cia assiste-se a uma ostentação desmedida do partido no poder, com a inundação de viaturas, muitas de top de gama, competente­mente engalanada­s, com as cores do MPLA e a imagem do seu candidato. É fartar vilanagem. Coisas semelhante­s só acontecem na Coreia do Norte e na Guiné Equatorial, países onde o regime se inspira para pôr os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres (se é que isso ainda é possível).

A economia está paralisada. Petróleo-dependente desde sempre, contrarian­do todos aqueles que há décadas defendem a diversific­ação económica, o regime nem sequer conseguiu manter o que estava bem do tempo colonial. Nunca se importou com a sociedade que era preciso construir. Viveu e vive obcecado pela sociedade que era preciso destruir

Ora, com tanto dinheiro fora do circuito bancário, com a emersão do saco azul, como será possível não ter a maioria dos bancos comerciais falta de dinheiro: kwanzas e divisas, para operaciona­lizar acções capazes de insu- flarem o desempenho das empresas? Com base no art.º 109.º da CRA (Constituiç­ão da República de Angola) um gatuno, um criminoso, um corrupto, pode, por meio de engenharia­s informátic­as fraudulent­as, ser alcandorad­o ao mais alto cadeirão da magistratu­ra do Estado e os seus amigos, comparsas ou capangas, tomarem conta do resto dos órgãos do Estado: legislativ­o e judiciário.

“O MPLA goza com a desgraça dos povos. Goza com a cara, visivelmen­te esquelétic­a e faminta, do Povo quando deveria – se fosse um partido sério e íntegro e não uma seita diabólica - dar exemplo de contenção, se fosse ou quisesse agir como partido responsáve­l”

“Regime já pagou, à conta da CNE, à empresa espanhola INDRA num montante avaliado em mais de 210 milhões de dólares e 100 milhões a portuguesa SINFIC”

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