A BARRAGEM DA LAÚCA
projecto de Aproveitamento Hidroelétrico (AH) Laúca está a ser construído ao longo do caudal do Rio Kwanza, especificamente na província de Malanje. Segundo dados oficiais, a obra gerou mais de 12 mil empregos, dos quais a organização de formações profissionais garantiram o primeiro emprego para mais de 6 mil pessoas. O projecto tem uma equipa de engenharia de mais de 300 profissionais. A localização distante de qualquer cidade faz com que a maioria dos trabalhadores do AH Laúca viva por grandes períodos longe de suas casas e familiares. Isso é minimizado com uma estrutura que permite convivência na Vila AH Láuca. Além da produção de energia, faz parte do trabalho do AH Laúca a construção de subestações e um sistema de transporte de energia eléctrica de 755 Km que levam a energia até os locais de consumo, percorrendo as províncias de Malanje, Kwanza Norte, Bengo até Luanda. “Um dos grandes desafios num megaprojecto como o AH Laúca é adquirir os melhores equipamentos e suprimentos em todo o mundo e fazê-lo chegar à obra no tempo exacto da construção”, lê-se na página do projecto na internet. Em termos logísticos, AH Laúca movimenta diariamente cerca de 1.500 toneladas de materiais diversos, isto é, 65 camiões que saem de vários pontos do país com destino à AH Laúca. Mensalmente movimenta 144 contentores, e cerca de 4 mil toneladas aéreas e marítimas, tendo, para além de fornecedores locais, os de países como: Portugal, Brasil, Áustria, Alemanha, China, Estados Unidos e África do Sul. No local, o projecto reflorestou 60 hectares, equiva- lentes a 72 campos de futebol, e para as comunidades locais, garantiu programas de geração de renda e educação que beneficiou mais de 200 famílias. Quando terminada em 2018, com a elevação da albufeira até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade e permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas e uma produção de cerca de 2.070 MW de electricidade, a AH Laúca será a maior barragem hidroeléctrica de Angola, mais do dobro da capacidade das duas barragens: Cambambe 960 MW e Capanda 520 MW, ambos em funcionamento no rio Kwanza. AH Laúca será também a segunda maior em construção em África, a seguir à GERD, construída ao custo superior a 6,5 mil milhões de dólares, ao longo rio Nilo, na Etiópia.