WALTER FILIPE PODE “APENSAR” ARCHER MANGUEIRA
Valter Filipe é acusado de estar envolvido na transferência ilícita de 500 milhões de dólares para uma conta no exterior do país, mas na realidade, o que se passou, não o pode incriminar, uma vez, ser parte de uma comissão, nomeada pelo ex - TPE (Titular do Poder Executivo), José Eduardo dos Santos e coordenada pelo actual ministro das Finanças, Archer Mangueira, que se acredita ser o subscritor do contrato firmado com a parte estrangeira. Tudo começou quando no dia 10 de Junho de 2017, uma proposta de financiamento chegou à mesa de José Eduardo dos Santos, pela mão de seu filho, José Filomeno dos Santos “Zenú”, avaliada em 30 mil milhões de dólares, mas tendo como contrapartida de operacionalização da “engenharia financeira” de uma verba de um bilião e meio de dólares (1.5 mil milhões) por parte do Banco Nacional de Angola, por três tranches iguais de 500 milhões de dólares. A primeira remessa (500 milhões) desbloqueada pelo ex-governador do BNA, Walter Filipe, em alegado cumprimento de um contrato rubricado por Archer Mangueira, teve o respaldo jurídico de Teodoro Bastos de Almeida, um jurista, por muitos considerados, figura funesta da advocacia angolana, por estar sempre ligado, na defesa da turma do mal, melhor, daqueles, que fazem do Peculato, da Corrupção, da violação dos Direitos Humanos, do Desvio do Erário Público, uma regra de enriquecimento ilícito, com tapete vermelho de impunidade. Com a textualização da “macumba financeira” em pergaminhos jurídicos, o grupo embarcou para Londres,reunindo com pretensos homens da alta finança mundial, mandando as urtigas a fiscalidade das regras comerciais e financeiras, exigíveis em casos de financiamentos de alta escala, envolvendo dívida pública de um Estado. Outra agravante foi, não se questionar a ausência de qualquer banco de referência mundial, na reunião com as autoridades angolanas, mas apenas com empresas fantasmas, mais grave, recém criadas, quiça, exclusivamente, visando a recambolesca operação; a Perfectbit Limited, com sede no Reino Unido, sem quaisquer activos e actividade conhecida relevante, no mercado local e europeu e dirigida por um brasileiro contratado por Zenu dos Santos, por recomendação de um colega de escola, Samuel Barbosa da Cunha, a “Mais Financial Services” (alegadamente de Zenú dos Santos, presidida pelo seu testa de ferro, Jorge Gaudens Pontes Sebastião), baseada em Londres e a Resource Conversion, renovando a tese, a delegação governamental angolana de terem tráfico privilegiado com bancos internacionais, que viabilizariam o hipotético financiamento de 30 mil milhões de dólares. Um pacote ambicioso que, em crise, aliviaria a pressão de escassez de divisas, mais a mais, havendo uma cláusula de injensão semanal de divisas, no BNA, de 380 milhões de dólares, regularizando desta forma a circulação bancária da moeda americana. Uma mirabolante operação, apresentada como tendo a chancela dos bancos: Sumitomo do Japão, HSBC da Grã Bretanha, Bankinter de Espanha, BNP Paribas da França, Deutsche Bank da Alemanha e Banco Internacional e Comercial da China, cuja viabilização estaria carente de uma garantia, por parte de Angola, na ordem dos 1 mil e quinhentos milhões de dólares, em adiantamento, para, diziam, inspirar confiança, aos potenciais financiadores, que, afinal, não existiam, salvo na imaginação fraudulenta dos pais da burla. Mas o plano não seria perfeito, se antes não houvesse uma prévia para “sacar”, subrepticiamente, dinheiro ao Banco Nacional de Angola, capitaneado pelo delfim de Zenu, Walter Filipe, sob alegação de um plano estruturante de acções, tendentes a fazer com que a Reserva Federal dos Estados Unidos, escancarasse, de novo, os cofres e confiança para o fornecimento regular, da moeda de referência, nas transacções internacionais dos produtos de exportação de Angola. Para esta pseudo assessoria o BNA deveria disponibilizar cerca de 20 mil milhões de dólares, em três tranches, tendo havido uma de 9.5 mil milhões de dólares, com que Zenu dos Santos, injectou nas empresas fantasmas, no pagamento da Mota e C.ª que está a concluir o seu prédio (mais alto de Angola) à rua Major Kanhangulo e uma tranche de recuperação de acções no Banco Quantum, importantes para pagar as obras das duas torres que nascerão, no Largo da Maternidade Lucrécia Paim. Parte ainda deste dinheiro viria, posteriormente, ser apresentado como prova de capacidade do grupo e do seu respaldo de confidencialidade e confiança, junto de uma instituição bancária de credibilidade mundial como o Crédit Suisse.