SE QUANDO REAGE É ASSIM, O QUE SERÁ QUANDO AGIR?
A multimilionária empresária Isabel dos Santos continua de “kalashnikov” engatilhada e sempre que lhe cheira a jornalistas carrega no gatilho. Nesta matéria está em grande forma. Os seus conselheiros, portugueses mas não só, estão atentos e porque são bem pagos até a aconselham a disparar primeiro e perguntar depois
No entanto, reconheça- se, Isabel dos Santos ainda está na fase de reagir e não de agir. Tem reagido com força mas também com qualidade. E se as coisas agora ameaçam descambar, o que acontecerá quando ela decidir mesmo agir? Será que os longos, pormenorizados e documentados dossiers que tem, fora de Angola, sobre as principais figuras do regime que tentam “fazer-lhe a cama” serão divulgados? Hoje Isabel dos Santos voltou a queixar-se da comunicação social angolana (se os bestiais de ontem hoje são bestas, será que as bestas de on- tem hoje são bestiais?) e da “caça às bruxas” em Angola, negando que a sua empresa Niara Holdings tenha recebido verbas do Orçamento Geral do Estado (OGE). Em causa está uma notícia publicada no dia 29.03 pelo semanário económico angolano «Expansão», identificando que a Conta Geral do Estado de 2015 regista um subsídio operacional de 2.450 milhões de kwanzas (20 milhões de euros, à taxa de câmbio de então) a favor da Niara Holdings, de Isabel dos Santos, um apoio financeiro destinado apenas a empresas do Sector Empresarial Público (SEP). “A Niara Holdings nunca recebeu verba alguma da Conta Geral do Estado ou do OGE», lê-se num post publicado no dia 28.03, ainda antes da divulgação da notícia, na conta oficial na rede social Facebook, de Isabel dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola entre 1979 e 2017 e que nunca foi nominalmente eleito.